
AGÊNCIA CBIC
17/08/2011
Para este ano, governo ainda está otimista
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17/08/2011 :: Edição 159 |
Jornal Brasil Econômico/BR 17/08/2011
Para este ano, governo ainda está otimista Expectativa é que a taxa de investimento cresça 7% no primeiro semestre e 10% no ano
Enquanto os estilhaços da crise externa não afetam diretamente a economia brasileira, a alta dos investimentos segue de acordo com a trajetória traçada pelo governo. O Ministério da Fazenda projeta uma expansão de7% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) no primeiro semestre deste ano em relação a igual etapa de 2010.
Segundo Julio Alexandre da Silva, secretário-adjunto de Política Econômica, a compra de máquinas e equipamentos foi o que impulsionou o aumento.
Além de virar capacidade instalada quase imediata, os bens de capital elevam a produtividade.
"Nesse começo de ano a construção civil não ajudou muito, pois a base de comparação, o ano passado, era alta." Para o segundo trimestre, dado que ainda será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa do governo é de aumento de 1% em relação aos três primeiros meses do ano. Nesse período, a elevação foi de 1,2% na comparação com o final de 2010. "O importante é que o ritmo de expansão seja mantido", disse. "Mas foi por causa da importação, pois a produção não foi tão forte", lembrou Silva.
Nacionais em baixa De fato, entre janeiro e junho, enquanto a produção geral de bens de capital no país cresceu 6,3%, as compras externas foram ampliadas em 28,5%. "Ainda não está claro que isso é tendência", afirmou o economista.
Mário Bernardini, assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), discorda. Ele lembra que não faz muito tempo, a cada dez máquinas consumidas no Brasil, seis eram nacionais e quatro importadas. Hoje, essa relação é exatamente inversa.
"Se estivéssemos importando da Alemanha produtos de alta tecnologia, tudo bem.O problema é que os equipamentos vêm da China. O que vale é preço", disse, projetando crescimento de 5% para a FBKF este ano.
O problema, esclarece Mansueto Almeida, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é que, como o governo não tem espaço para elevar poupança e investir mais, uma alta da taxa seria seguida pela ampliação do déficit em conta corrente.
Seja importando ou produzindo internamente, o governo quer fazer com que o investimento cresça sempre a uma velocidade maior que o Produto Interno Bruto (PIB) para elevar a capacidade produtiva e não ter mais problemas com a inflação.
Aliás, essa será uma das diretrizes do Plano Plurianual (PPA), que a área econômica está preparando para lançar em breve.
O PPA estabelece as medidas, gastos e objetivos a serem seguidos pelo governo federal ao longo de quatro anos.
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