
AGÊNCIA CBIC
País perde US$ 5 bi por falha na logística
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25/09/2012 :: Edição 408 |
DCI – Comércio, Indústria e Serviços – 25/09/2012 país perde us$ 5 bi por falha na logística O agronegócio brasileiro perde cerca de US$ 5 bilhões por ano com a baixa eficiência logística, principalmente no transporte de grãos, de acordo com cálculos da Bunge Brasil, diz o seu presidente, Pedro Parente. "Esse valor poderia ser incorporado à renda do produtor." Segundo ele, o Brasil tem potencial para atender às necessidades de alimentos e energia do mundo, mas, "por outro lado, temos na logística um gargalo muito importante". Dados consolidados por ele apontam que os gargalos na cadeia trazem uma diferença de US$ 70 por tonelada de grãos exportada pelo Brasil em relação aos EUA, por exemplo. Na avaliação de Parente, o País tem capacidade de atingir uma produção de 200 milhões de toneladas de grãos só de milho e soja, ante os cerca de 140 milhões de toneladas atuais dos dois grãos e um total de 165 milhões de toneladas da safra inteira. Para a Bunge, o nível de investimento em logística e infraestrutura ainda é muito baixo para o escoamento da produção; no entanto, o governo "já está acordando para isso e começou a destravar o processo" com o pacote para a infraestrutura e com a criação da Empresa de Planejamento da Logística. Ao mesmo tempo, o financiamento para infraestrutura e saneamento entraram no foco da Caixa Econômica Federal, dentro dos seus planos de expansão e direcionamento para atender diversos segmentos da economia. As primeiras concessões de empréstimo somam R$ 6 bilhões, já disponíveis, para o setor de infraestrutura e saneamento, com carência de cinco anos e prazo de 20 anos. A operação será feita com recursos próprios e de captação no exterior. Este ano, a Caixa vai disponibilizar R$ 3 bilhões para obras. Enquanto isso, o governo espera pela primeira emissão de debêntures de infraestrutura, das quais os recursos serão todos direcionados para obras. No entanto, encara com naturalidade a falta de ofertas. O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, avaliou que a demora do lançamento da primeira debênture incentivada de infraestrutura é normal por se tratar de um novo instrumento financeiro no Brasil. |
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