
AGÊNCIA CBIC
PAC2 executou 67% do que está previsto para até o fim de 2014
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18/10/2013 |
DCI Online PAC2 executou 67% do que está previsto para até o fim de 2014 SÃO PAULO Até o fim de agosto, pouco mais de 67% das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 foram executadas, segundo balanço divulgado pelo Ministério do Planejamento. Isso significa execução de R$ 665 bilhões, desde 2011. Está previsto o uso de quase R$ 1 trilhão ao longo dos quatro anos de programa. Em dois anos e oito meses, quase 20% de toda a verba executada veio do setor privado. Se comparado com países como Estados Unidos, a participação é realmente baixa, mas o coordenador de graduação de ciências contábeis da Metrocamp, grupo Ibmac, Fabrício Pessato, explica que existem correntes que defendem que o setor público seja mesmo o eixo condutor desses investimentos e cita países desenvolvidos, como Alemanha e França, onde o setor público opera com força. "O Brasil tem uma participação maior do setor estatal e isso não necessariamente é uma coisa ruim. Aqui acaba sendo ruim por problemas de gestão, mas se o setor privado não faz, alguém precisa fazer. A gente tem uma estrutura tributária que acaba afugentando o setor privado dessa modalidade de investimento", disse. O setor de moradia, sendo o Financiamento Habitacional e o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), corresponde a 41,7% do montante realizado. O balanço mostra que, até agosto, 1,3 milhão de moradias já foram entregues apenas pelo MCMV. Para o coordenador, isso pode gerar um problema de leitura dos números, já que moradia é política social e não infraestrutura. "Do ponto de vista de crescimento econômico, a conta está certa, porque parte da construção civil e gera crescimento, o único risco é as pessoas interpretarem que estamos investindo muito mais em infraestrutura do que de fato estamos", afirma. Em nota divulgada no site, a pasta afirma que o balanço do PAC 2 diz respeito a tudo que foi investido em "infraestrutura logística, social e urbana". Fabrício explica que o termo utilizado pode ter alguns problemas. "Quando se fala em 'infraestrutura social' vira uma mistura de tudo. Quando falamos em infraestrutura, associa-se imediatamente a transporte, logística, energia e saneamento básico. O Brasil tem um problema sério de déficit habitacional que é histórico, mas isso é política social". A apresentação usada pela ministra Miriam Belchior destaca o crescimento de 20% entre o que foi investido entre janeiro e agosto do ano passado com o valor total que foi executado no mesmo período de 2013. Na apresentação dividida por eixos, o de transporte e energia correspondem a 34,2% do valor total investido pelo PAC2. Questionado sobre a finalização do programa dentro do prazo estipulado, 2014, Fabrício diz que o setor público sempre vai atrasar, "porque tudo tem que passar por processo de licitação, às vezes acontece um contratempo, mas o mais importante é que seja qual for o governo que assumir em 2014, não façam o que muitos fazem quando assumem, que é parar tudo o que está sendo feito e começar um novo conjunto de obras, já que traria um prejuízo muito maior", disse. Leia mais na página A9
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