Operação será retomada em 10 dias

Tribuna do Norte Online – 21 de março

Operação será retomada em 10 dias

Em dez dias, as obras de recapeamento em Natal deverão ser retomadas. Com o aumento do preço de insumos do asfalto aplicado pela Petrobras, os reparos foram suspensos em dezembro de 2014 para realimento dos valores nos contratos. De acordo com o titular da Secretaria de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov), Tomaz Neto, a situação será regularizada.

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o aumento médio foi de 37% nos preços do cimento asfáltico de petróleo (CAP) e do asfalto diluído de petróleo (ADP). 

“Foi publicada a tabela nova do Sinapi [Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil], considerando o reajuste, e o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] está adaptando os contratos”, informou o secretário Tomaz Neto, dizendo que o percentual do aumento é variável de acordo com o valor e a data de cada contrato, já que muitos estavam em execução. “Só vou realinhar os preços a partir do momento que aconteceu o reajuste pela Petrobras”, explicou.

Uma das obras que possui menor realinhamento é a da avenida Ayrton Senna, com 8,3%. O valor inicial, de R$1,3 milhão, sobe para R$ 1.407.900. Vários pontos esburacados aguardam o início dos reparos. Uma poça de água no cruzamento com a rua Maia Neto pelo escoamento de água servida das residências quebra o asfalto da avenida. 

“Vários carros já estouraram pneu aqui”, lembra a comerciante Renata de Brito. “A Prefeitura já esteve aqui reclamando com os moradores, mas eles voltar a jogar a água na rua”. Ao todo, serão 4,6 quilômetros restaurados, do começo da avenida, na Roberto Freire até a divisa com Parnamirim.

As de maior reajuste chegam a 14%, de acordo com o secretário da Semov. É o caso da requalificação dos corredores turísticos de Natal, que estava orçada em aproximadamente R$ 8 milhões. Entre os pontos contemplados pela obra estão trecho da avenida Roberto Freire e rua Erivan França, em Ponta Negra, e avenida Presidente Café Filho, na Praia do Meio. 

Desde que os reajustes foram anunciados, nenhuma empresa se propôs a executar os contratos. O problema ocorreu em todo o país. As construtoras que atuam em obras públicas rodoviárias e as entidades representativas do setor pleitearam junto ao Dnit, Departamentos de Estradas de Rodagem estaduais e Secretarias a atualização dos contratos.