
AGÊNCIA CBIC
O pessimismo da indústria não é generalizado
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01/11/2013 |
Estadão.com.br – Últimas notícias O pessimismo da indústria não é generalizado O Estado de S.Paulo As expectativas da indústria em geral não só pararam de piorar, segundo a Sondagem da Indústria de Transformação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV), como apresentaram leve melhora entre setembro e outubro. Não o suficiente para infundir ânimo em analistas e empresários, que esperam um trimestre "sem retomada", ressalta Aloísio Campelo, coordenador da pesquisa. Mas mais empresas pretendem contratar mão de obra. E o quadro só não é melhor porque o Índice de Situação Atual (ISA), um dos três componentes do Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV, recuou para o menor nível desde julho de 2009, no auge da crise global. A conjuntura oscila conforme o segmento analisado. Ruim para os bens duráveis e de capital, o ICI é levemente desfavorável para bens intermediários e positivo para material de construção e bens não duráveis. A Sondagem da Construção, também do Ibre-FGV, confirmou a recuperação, já apontada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Das 703 empresas consultadas, 22,2% avaliaram que o nível de atividade aumentou no trimestre agosto/outubro, porcentual superior ao das companhias que reportaram queda. Mais provável é que o segmento da construção civil, nos últimos anos mais pujante do que a média da indústria, volte a apresentar comportamento satisfatório. Uma das explicações para isso é a existência de recursos abundantes para o financiamento da construção, originários dos depósitos de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Nos primeiros nove meses do ano, a captação líquida das cadernetas (excluída a caderneta verde do Banco do Brasil) foi de R$ 36,9 bilhões, quase 50% mais do que em igual período de 2012. E cresceu 16,5% o número de imóveis financiados no período. Terça-feira, o Conselho Curador do FGTS aprovou o orçamento do fundo para 2014, prevendo investimentos habitacionais de R$ 57,8 bilhões. Estes se destinarão, na maior parte, à habitação social – a que se dedicam milhares de construtoras, em geral de pequeno e de médio portes, em todo o País. Num ano eleitoral (2014), também é provável um aumento dos investimentos em obras públicas, tanto pelo governo federal como pelos Estados. Se, na média, a situação das empresas de construção civil ainda é tida como insatisfatória, a perspectiva é de mudança, para melhor, nos próximos meses. A construção poderá novamente liderar o reequilíbrio industrial. |
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