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AGÊNCIA CBIC

03/06/2011

Mulheres passam a atuar nos canteiros de obras

"Cbic"
 
03/06/2011 :: Edição 112

Portal Umuarama Ilistrado/BR – 03/06/2011

mulheres passam a atuar nos canteiros de obras

Umuarama
– A falta de mão de obra na construção civil, cada vez mais acentuada em
Umuarama, está fazendo empresários apostarem no sexo feminino. Na construção de
um edifício no centro da cidade, quatro mulheres são as primeiras a atuarem
formalmente em uma grande construção. Vendo futuro no setor, elas estão
rompendo o preconceito dos colegas de trabalho e mostrando que podem fazer o
mesmo que eles e sem perder a feminilidade.
Simone Cássia de Carvalho, 27, é solteira e tem um filho. Antes ela trabalhava
como auxiliar de limpeza, mas não hesitou quando viu o anúncio de que a
construtora estava procurando mulheres para uma experiência. “Sempre tive
vontade de trabalhar na construção civil e agora encontrei essa oportunidade”,
comenta. Simone afirma que não tem grandes dificuldades para se adaptar nesta
primeira semana de trabalho. Segundo ela, a mulher acrescenta a delicadeza e o
detalhe em uma construção, coisas que faltam nos homens.
“Quando falaram que tinha mulher na obra, teve muito preconceito, os homens
achavam que não íamos agüentar. Mas vamos fazer dar certo e com certeza somos
as primeiras de muitas que virão”, diz Maika Rodrigo dos Cantos, 30, casada e
com três filhos. Ela mudou da indústria de alimentos para o canteiro de obras,
e afirma que fez uma ótima troca. “Aqui estou trabalhando bem melhor,
principalmente porque é um lugar onde a gente tem oportunidade de crescer”,
diz.
Eliane Brito, 30, também trabalhava em uma empresa de alimentos, e afirma que
não há comparação entre a indústria e a construção civil. “Prefiro mil vezes
aqui. Além do que, somos muito corajosas, porque não é qualquer mulher que
enfrenta o que estamos enfrentando”, orgulha-se.
A ex-cuidadora de idosos, Michele Mazorana, 20, é solteira e tem um filho. Ela
garante que a nova experiência está sendo ótima. “Basta ter vontade de
trabalhar que os obstáculos vão sumindo”, diz. Michele também espera que outras
mulheres passem a correr atrás dessa profissão e mais construtoras percebam o
potencial feminino no ramo.


LUVAS E ESMALTE
Num primeiro olhar não dá pra perceber, mas por trás de uma figura de operário
há uma mulher que não quer abandonar sua feminilidade. Por baixo das luvas
grossas de borracha, as unhas estão bem pintadas.
Engana-se quem pensa que o trabalho faça com que elas esqueçam a vaidade e o
lado feminino. As quatro contam que não deixam de levar cremes, lápis de olho,
um batom e um perfume. Banheiro separado elas já conquistaram, mas também estão
reivindicando um espelho e um chuveiro, para dar um tratamento estético na hora
de ir embora. “Estamos fazendo serviço de homem, mas somos mais femininas do
que nunca!”, garante Maika.


UMA APOSTA
O responsável pelo departamento pessoal de uma empresa, Wagner Benito, afirma
que esta é a primeira obra que a construtora emprega mulheres, embora muitas já
atuem no setor, entretanto informalmente, ajudando o marido em obras pequenas.
O motivo da contratação é um só: tentar sanar a falta de profissionais.
“Sempre estamos procurando pedreiros em cidades da região por causa da carência
aqui de Umuarama”, diz.
As quatro mulheres são aprendizes de pedreiras, cuidam da parte de alvenaria,
fazendo acabamentos, rebocos, assentamento de lajotas, concretando vergas em
janelas, etc. “Com certeza serão ótimas azulejistas também”, acrescenta o
engenheiro, Marcio Pedrangelo.


VANTAGENS
Além de encorpar a gama de profissionais de Umuarama, as mulheres acrescentam
minuciosidade e são mais cuidadosas, principalmente nos retoques finais. “Estou
percebendo que elas têm mais agilidade que os homens e percepção para detectar
alguma coisa errada, além da leveza ajudar muito na hora do acabamento”,
explica o mestre de obras, Carlos Alves Lopes.
A princípio, os homens que já trabalhavam na construção ficaram preocupados com
a experiência, bem como os responsáveis, que temiam como seria o tratamento dos
veteranos com as novatas, se haveria machismo, etc. “Mas até agora tudo ocorreu
naturalmente”, afirma Lopes.
Os maridos e familiares de todas apóiam o serviço. “Houve um que até veio aqui
dar uma espiada, se era tudo normal, se havia respeito, mas não viu problema
algum. As mulheres provavelmente devem ser uma saída para a construção civil”,
finaliza.
 

FORMALIDADE X
INFORMALIDADE

Segundo Wagner
Benito, a carência de profissionais na área se dá porque muitos optam pela informalidade,
imaginando que será mais lucrativo e se limitando em pequenas construções.
Ele explica que o profissional que prefere trabalhar com diárias, consegue
tirar de R$70 a R$80. Sem vínculo empregatício, sua renda mensal será de
R$1.680. Contando com cinco dias de chuva no mês, o valor cai R$240. Além
disso, o informal perde benefícios como fundo de garantia, seguro desemprego,
etc.
Registrado, o pedreiro ganha por mês R$950, mais R$240 do vale alimentação e
R$100 de bonificação, cedido por algumas empresas. Somam-se a isso benefícios
como férias, décimo terceiro, seguridade profissional em caso de acidentes,
entre outros.


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