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AGÊNCIA CBIC

19/05/2011

Mulheres nos canteiro

 

"Cbic"
19/05/2011 :: Edição 101

Jornal Correio Braziliense/BR – 19/05/2011

mulheres nos canteiros

Em todo o país, elas representam 2,9% dos 6,9 milhões de trabalhadores do
setor. No Distrito Federal, apesar de o número ainda ser desconhecido, durante
a fase de acabamento das obras, estão à frente dos homens na preferência dos
patrões

MARIANA BRANCO

Elas ainda são pouco representativas, mas prometem conquistar mais espaço.
Talentosas e detalhistas, as mulheres estão conquistando a preferência dos
contratantes. Os patrões optam pela mão feminina na hora de selecionar um
funcionário para tarefas que exigem atenção aos detalhes e muito capricho, como
a de azulejista, assentador de piso e aplicação de rejunte, entre outras.

O fenômeno verificado no Distrito Federal também ocorre em outros pontos do
país. A boa notícia é que, com a expansão da construção e a formalização em
alta, o sexo feminino abre um leque de oportunidades de empregos que pagam bem
– a mão de obra especializada está sendo muito demandada no setor – e dão a
segurança da carteira assinada. Um freio ao entusiasmo é que elas ainda ganham
menos do que os rapazes (veja quadro).

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), em 2010, havia 63 mil homens empregados na construção civil do DF. A amostra de
mulheres não era significativa para figurar no levantamento. No Brasil, a
última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, de 6,9 milhões de
trabalhadores da construção, 192,5 mil, ou 2,9%, são mulheres.

Apesar da inexistência de números no DF, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil
do DF (Sinduscon-DF), Elson Ribeiro e Póvoa, diz que a observação mostra uma
presença maior do sexo feminino nos canteiros de obras. "Sabemos que está
aumentando, principalmente no acabamento. São trabalhos leves, que exigem
cuidado", afirma. Segundo ele, o Sinduscon-DF e o Sindicato dos
Trabalhadores da Indústria da
Construção Civil
e Mobiliário (STICM) articulam-se para levantar o
número de mulheres no ramo.

A qualificação das trabalhadoras – com exceção das que têm nível superior –
é feita dentro das próprias empresas contratantes, com o auxílio do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Célia Leitão, supervisora técnica
do Senai-DF, afirma que a presença do sexo feminino é sentida principalmente
nos cursos que habilitam para trabalhos que exigem menos esforço físico.
Entretanto, ela acredita que no futuro, até o obstáculo da menor habilidade para
esforço físico será superada. "A tecnologia está avançando e o trabalho
está cada vez mais colaborativo", opina.

Lílian Arruda Marques, técnica do Dieese, destaca que, além de serem bem
avaliadas pelos patrões por serem minuciosas na execução dos serviços, as
mulheres são elogiadas por faltarem menos ao trabalho. "O interesse do
setor empresarial é muito grande. Apareceu mulher com qualificação, eles
contratam", destaca.

Indiferentes à sujeira nos uniformes e ao risco de trabalharem suspensas a
10 metros do chão, Ana Paula Moura de Sá, 21 anos; Sílvia Barbosa dos Santos,
37, e Ângela Cristina Santos Gonçalves, 29, aplicam rejunte na cerâmica de um
edifício residencial que está sendo erguido em Águas Claras. "A gente quer
a superfície bem lisinha. Os homens fazem com mais pressa", diz Ana Paula.



"Cbic"

 

 

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