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AGÊNCIA CBIC

14/01/2014

Mercado mantém aposta de que Fed reduzirá estímulos

"Cbic"
14/01/2014

DCI Online

Mercado mantém aposta de que Fed reduzirá estímulos

NOVA YORK

 O fraco relatório de emprego dos Estados Unidos, divulgado na última sexta-feira, ainda não foi totalmente digerido pelos investidores. A dúvida é se criação de vagas bem aquém do previsto em dezembro será capaz de influenciar a política monetária do país. Boa parte dos economistas mantém a previsão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai seguir reduzindo o ritmo mensal de compras de ativos. Mas o comportamento ontem do dólar e dos juros dos títulos do Tesouro norte-americano mostra que parte do mercado aposta que a estratégia pode ser temporariamente interrompida.

 Economistas de bancos como Barclays, Bank of America, RBC, Deutsche Bank, BMO e Goldman Sachs, avaliam que os fracos números de criação de postos de trabalho em dezembro podem ser um fator temporário, principalmente porque outros indicadores econômicos têm vindo bons e mostrado que a economia dos EUA segue se recuperando. Por isso, o Fed vai seguir reduzindo o ritmo de compras de ativos. A maioria aposta em novo corte de US$ 10 bilhões na reunião dos próximos dias 28 e 29. Com isso, o ritmo mensal de compras cairia para US$ 65 bilhões.

 Para o economista do Bank of Tokyo-Mitsubishi, Chris Rupkey, se o Fed optar por interromper sua estratégia na reunião de política monetária no final deste mês, as consequências podem ser muito piores. Uma mudança indicaria que o BC está preocupado com a recuperação da economia, o que poderia ter consequências mais danosas para o mercado financeiro.

 Há ainda, avalia Rupkey, a possibilidade de os números de emprego de dezembro serem revistos para cima quando o Departamento de Trabalho divulgar os dados de janeiro. Melhora dos dados tem sido comuns nos últimos meses. No relatório divulgado sexta-feira, a criação de vagas de outubro e novembro foi elevada em 38 mil postos.

 Já o economista-chefe do RBC Capital Markets, Tom Porcelli, acha que o Fed não vai se basear no número de um único mês para decidir sobre sua política monetária, sobretudo quando se leva em conta que fatores sazonais, como o frio, afetaram parte das estatísticas. Para ele, o importante é uma avaliação de um prazo mais longo nos dados de emprego e aí a sinalização de melhora da economia é clara. Só em 2013, foram criados 2,2 milhões de emprego nos EUA, uma média de cerca de 190 mil por mês. Em dezembro, a criação de vagas foi de 74 mil postos, abaixo dos 200 mil esperados por Wall Street.

 Parte do mercado financeiro, porém, parecia apostar ontem que o Fed não vai anunciar nova redução de estímulos monetários. Os juros dos títulos de dez anos do Tesouro dos EUA operam em queda e o dólar recuou ante as principais moedas, como iene e a libra. Antes do payroll na sexta-feira, as taxas da T-note de dez anos chegaram a passar de 3% e ontem eram negociadas a 2,85%.

 Segundo um operador de juros, além dos dados fracos de emprego de dezembro, o frio deste começo de 2014 pode afetar o relatório de emprego de janeiro e outros indicadores econômicos, sugerindo que o Fed pode parar temporariamente sua estratégia. Ao mesmo tempo, diz ele, indicadores importantes que saem nos próximos dias podem dar novas pistas da atividade econômica.

 Nesta semana serão divulgados números importantes de dezembro, além dos primeiros índices da confiança do consumidor e da construção civil de janeiro. Entre as novas estatísticas, saem dados das vendas de varejo, produção industrial, inflação e números do setor de construção.

 Orçamento

 O governo dos Estados Unidos registrou seu maior superávit orçamentário da história para meses de dezembro após as gigantes Fannie Mae e Freddie Mac efetuarem grandes pagamentos ao Tesouro, diminuindo mais o déficit do primeiro trimestre do ano fiscal, que começou em outubro.

 As receitas superaram os gastos em US$ 53,22 bilhões em dezembro, marcando o primeiro superávit para o mês desde o ano fiscal de 2007 e o maior já registrado. Economistas consultados pela Dow Jones previam superávit de US$ 44,5 bilhões.

 As finanças públicas norte-americanas têm melhorado de forma constante na medida em que os gastos permanecem contidos e as receitas crescem.

 O déficit do governo entre outubro e dezembro, porém, totalizou US$ 173,60 bilhões, 41% menor do que o déficit de US$ 293,30 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. As informações constam em relatório do Departamento do Tesouro, divulgado ontem.

 A receita federal aumentou 8%, para US$ 664,60 bilhões, nos primeiros três meses do atual ano fiscal. Os gastos, por outro lado, recuaram 8%, para US$ 838,20 bilhões, em grande parte devido à melhora das contas de Fannie Mae e Freddie Mac.

 As duas companhias pagaram US$ 39,57 bilhões ao Tesouro no fim de 2013. Devido à forma na qual o governo contabiliza seus fundos, os pagamentos foram deduzidos dos gastos em vez de incluídos nas receitas.



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