Mercado Imobiliário

Não é novidade que a globalização acelerou a corrida por novas tecnologias, por novos processos de gestão e administrativos, por novos métodos e sistemas de produção em todas as áreas. Com a abertura dos mercados, a concorrência é quem dita a velocidade das tomadas de decisões. Hoje, para não ficar para trás, além de ágeis, as empresas têm que ser muito criativas. Inovação com eficiência é expressão de ordem, pois ela faz a diferença para quem quer vencer pela competitividade.

 Nesse cenário se insere a construção civil, que ainda vive desafios para sua maior modernização. Dos seus tradicionais modos de construir, tarefas simples como misturar cimento, água e agregados, realizadas antigamente principalmente por uma mão de obra pouco escolarizada, tornaram-se trabalhos para profissionais bem treinados e qualificados. Isso porque boa parte dos serviços realizados nas obras foi absorvida pelas indústrias. Com as novas técnicas e tecnologias, os canteiros experimentam uma revolução construtiva que ainda tem muito a oferecer.

 Hoje, muitos processos funcionam como uma espécie de um grande quebra-cabeça, em que as peças precisam apenas ser encaixadas. Por exemplo, as portas e janelas já chegam à obra prontas, pintadas e com as devidas ferragens. Os operários precisam apenas assentá-las. O aço já chega dobrado e cortado na medida exata da sua necessidade de uso determinada pelo projeto. Até mesmo as paredes chegam prontas com o sistema chamado drywall (paredes de gesso), que preveem também espaços para as tubulações por meio de outro sistema, os chafts. Esses são uma espécie de caixas, por onde passam as tubulações de água e energia. Com eles, em caso de defeitos, elimina-se a quebradeira que seria necessária quando a parede é construída de forma convencional.

 Essas técnicas e tecnologias se somam aos processos de certificações e incentivam as empresas a investirem cada vez mais na inovação. O Selo Procel Edifica é uma delas, ao induzir as construtoras a um estudo integrado da edificação, levando em consideração o aproveitamento da luz natural, da eficiência do revestimento da fachada e da iluminação, de forma a reduzir o consumo de energia. Isso é, para obter essa etiquetagem para a construção, que, em linhas gerais, atesta o grau de eficiência da sua conservação de energia, assim como já ocorre com as geladeiras e máquinas de lavar louça e roupa, as construtoras têm que correr atrás de alternativas inovadoras.

 Todos os novos métodos e soluções vêm para otimizar o tempo de produção, aumentando-a, para reduzir os desperdícios e elevar a qualidade do produto e a competitividade e a produtividade das empresas.

 Por mais inegável que seja a concepção de que a inovação só traz benefícios, ela ainda encontra desafios no setor. Um deles é a difusão da sua importância e das novidades para as empresas, que, na maioria em nosso país, são de pequeno porte. Essas precisam inseri-las em seus planejamentos, percebendo que, algumas vezes, um investimento maior no início do processo acarretará custos menores nos processos seguintes e lhes garantirá clientes mais satisfeitos.

 É essencial que o tema inovação seja rapidamente absorvido pelo segmento construtor para resolver a questão tecnológica que limita o avanço da sua industrialização.