
AGÊNCIA CBIC
09/08/2011
Mão-de-obra construída – literalmente
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09/08/2011 :: Edição 153 |
Amanhã.com/BR 09/08/2011
Mão-de-obra construída – literalmente Para driblar a escassez de profissionais qualificados no mercado, grupo Gafisa/Tenda cria programas de treinamento que ajudam a tornar as obras mais rápidas e eficientes
Encurraladas pela escassez de mão-de-obra, algumas empresas de construção civil começam a investir em programas próprias de treinamento e aprimoramento de funcionários. É o caso da Gafisa/Tenda. Além dos programas de trainee, a construtora oferece capacitação profissional para as equipes que atuam nas obras. Julio Meidson, diretor de negócios da região sul do grupo, diz que o treinamento para esse perfil de profissional é realizado internamente, de forma que a gestão da empresa se torne cada vez mais verticalizada – sem a necessidade de haver consultorias terceirizadas.
Na Gafisa/Tenda, os funcionários aprendem, por exemplo, a utilizar formas de alumínio manoportáveis na construção de paredes e lajes de concreto – processo que reduz à metade o tempo de execução da obra. Essa agilidade busca atender uma demanda que ainda é latente no mercado da construção civil: os imóveis enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida. “Há uma massa crítica que ainda não adquiriu um imóvel. Essa pessoa pode ter a condição financeira mas, às vezes, não tem o produto na região em que vive”, aponta Meidson.
Ele acredita que o mercado da construção civil ainda está em expansão, tanto no segmento de casas populares quanto no de residências de alto padrão. Só em Porto Alegre, diz ele, o programa Minha Casa, Minha Vida tem potencial para gerar vendas de duas a três mil unidades por ano.
Meidson diz que há um perfil de clientes que não é completamente atendido: aqueles que atingem uma faixa salarial entre oito e 12 salários mínimos. Eles buscam um imóvel mais sofisticado que o popular, mas com um preço abaixo das casas de alto padrão. “É uma faixa bastante deficitária de lançamento. Ou o terreno é muito barato e poderia se encaixar no Minha Casa, Minha Vida, ou a taxa do terreno é muito alta”, explica. Ele acredita que a solução para essa linha estará nas formas de alumínio, que diminuirão o custo da construção em comparação ao preço do terreno.
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