
AGÊNCIA CBIC
Live analisa os últimos resultados da inflação e do custo da construção

A economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, realizou, nesta sexta-feira (9), no Instagram da entidade, mais uma live sobre os indicadores econômicos nacionais. Foram analisados os resultados da inflação nacional, do custo da construção e do Produto Interno Bruto (PIB). Ieda também apresentou as projeções para a inflação e para o crescimento nacional nos últimos meses de 2022 e para 2023. O desempenho da Construção Civil nos últimos meses também foi destacado.
Sobre resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que é o indicador oficial da inflação no País, a economista explicou que a queda de 0,36% em agosto, em relação ao mês anterior, foi a segunda consecutiva do indicador. Em julho, a variação foi de -0,68%. Ela destacou que a variação foi a menor, para um mês de agosto, desde 1998 (-0,51%), o que significa que o Brasil registrou a menor inflação, para um mês de agosto, dos últimos 24 anos. A economista explicou que o resultado foi especialmente influenciado pela queda no preço dos combustíveis, o que levou o grupo “transportes” a registrar recuo de -3,37%.
Neste mês, foi observada uma queda nos preços do gás veicular (-2,12%), no óleo diesel (-3,76%), no etanol (-8,67%) e na gasolina (-11,64%). Também foi informado que o IPCA acumulou, de janeiro a agosto de 2022, alta de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%, sendo a primeira vez, desde agosto de 2021, que a inflação oficial no País ficou abaixo da casa de 10%. Ieda destacou que a queda do IPCA é uma boa notícia, pois traz benefícios para toda a economia, porque pressiona menos o custo das famílias.
Outro importante indicador analisado foi o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aumentou 0,09% em agosto deste ano. Essa foi a sua menor variação desde novembro de 2019 (0,04%). Ieda explicou que esse resultado foi influenciado especialmente pela redução de 0,21% no custo com materiais e equipamentos, enquanto o custo com a mão de obra cresceu 0,28% e o custo com serviços apresentou alta de 0,46%. A redução dos preços de algumas commodities, além da redução do custo do frete, com a queda dos preços dos combustíveis, pode ajudar a explicar a desaceleração do custo com materiais e equipamentos.
A Construção Civil, de acordo com os resultados do PIB, calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 2,7% no 2º trimestre de 2022, em relação aos primeiros três meses do ano. Assim, o incremento do setor supera o registrado pela economia nacional, que no mesmo período apresentou expansão de 1,2%.
A economista da CBIC também comentou os últimos resultados da Pesquisa Focus, que é realizada pelo Banco Central, e que reduziu, pela 10º semana consecutiva, as expectativas para a inflação oficial do País em 2022. O levantamento do dia 2/9 passou a projetar alta de 6,61% para o IPCA. Ela ressaltou que há quatro semanas uma alta de 7,11% era aguardada para este indicador. As estimativas para a inflação em 2023 também vêm perdendo força e agora a projeção é de elevação de 5,27%. Ieda também informou que é aguardado um desempenho mais positivo para a economia nacional em 2022 e também em 2023.
Para 2022, a pesquisa do dia 02 de setembro passou a projetar expansão de 2,26% para o Produto Interno Bruto (PIB). Há quatro semanas essa projeção era de 1,98%. E, para 2023, agora se aguarda alta de 0,47%, enquanto há um mês era de 0,40%.
A live sobre economia é realizada quinzenalmente no Instagram da CBIC.
A matéria tem interface com o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, em correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).