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AGÊNCIA CBIC

09/09/2013

Indústria derruba investimentos em obras

"Cbic"
09/09/2013

DCI Online

Indústria derruba investimentos em obras

SÃO PAULO

Os investimentos gerais na construção civil, entre aportes públicos e privados, nas áreas residencial, industrial e comercial caíram 14,2% no primeiro semestre do ano, na comparação com 2012, passando de US$ 301,53 bilhões ano passado para US$ 258,71 este ano. O principal responsável pela retração foram as obras industriais, que tiveram queda de 18,9% de janeiro a junho, segundo dados da consultoria ITC, adiantados pelo DCI.

Para o segundo semestre, empresários e analistas projetam cenário ainda mais difícil, motivados pela redução dos aportes públicos e desaceleração da economia brasileira. "É provável que o mercado não dê grandes saltos nesse 2º semestre de 2013", disse ao DCI a diretora de marketing da consultoria ITC, Viviane Guirao.

Segundo a pesquisa, nos seis primeiros meses do ano, os aportes em obras industriais, como parques fabris e saneamento básico, receberam investimentos de US$ 155,4 bilhões ante aos US$ 191,67. A perspectiva é que no segundo semestre seja marcado por mais redução. "Os investimentos nas indústrias estão contidos e as multinacionais estão adiando alguns projetos", diz Viviane, lembrando que o segmento responde por quase 70% de toda construção.

No segmento comercial, que envolve também obras viárias e de infraestrutura, a redução no período foi de 7,8%. Passando de US$ 82,28 bilhões no primeiro semestre do ano passado, para US$ 75,86 bilhões este ano. Para o acumulado de 2013 a perspectiva do mercado é a redução se acentue, em função da diminuição dos aportes públicos. "No segmento comercial, as grandes obras [inclusive as obras de infraestrutura e mobilidade para a Copa e Olimpíadas] já foram lançadas e novos investimentos não terão o porte dos que já estão em construção", disse a diretora do ITC.

Já o segmento residencial, único que se manteve estável na comparação anual, a perspectiva e de manter o ritmo de equilíbrio no acumulado do ano. De acordo com os números da consultoria ITC, foram aportados este ano US$ 27,45 bilhões, ante aos US$ 27,58 no mesmo período de 2012, uma queda de 0,4%. "O segmento residencial manterá os lançamentos de forma continua, pois o déficit habitacional ainda requer do mercado novos empreendimentos", finalizou a executiva.

Para o professor de macroeconomia e finanças da Universidade Federal do Rio de Janeiro, José Pedro Leite, o ano é de desafio para o mercado. "Acredito que as empresas de construção precisem reinventar modelos e procuras saídas mais rentáveis do que o que as adotadas nos últimos dois anos, quando o governo foi um grande parceiro e o Brasil recebia mais investimentos privados".

Para o acadêmico, a indústria sofrerá mais para se adaptar a nova realidade do mercado de construção civil. "Quem atua nesse setor esta acostumado a fechar contratos antes de iniciar a obra. Diferente de empreendimentos comerciais e residenciais, onde é possível fazer estoque, promoções e ações para estimular as vendas ao consumidor final."

Mercado em baixa

Quem sentiu a retração do mercado industrial no primeiro semestre foi a construtora cearense Rio Branco. Segundo o presidente da empresa, Marcos Antonio Filho, muitas empresas cancelaram projetos de expansão em função da crise mundial. "No inicio do ano, a projeção de crescimento da empresa para o primeiro semestre era de 15%, ante ao desempenho de 2012. No entanto, alguns contratos que esperávamos fechar não foram concluídos, por isso crescemos apenas 5%", argumentou ele.

Para o acumulado do ano, o empresário prevê uma expansão de 10%, mas com possibilidade de revisão para baixo. "Estamos negociando três contratos de ampliação de parque fabril e contando com incentivos do governo do Estado do Ceará para incentivar a vinda de empresas para a região, o que poderá nos fornecer novos contratos", disse ele.

Já para o presidente da construtora Setin, Antonio Setin, a empresa – que atua nos ramos comercial e residencial – segue otimista com o mercado este ano, mas há de se pensar onde serão feitos o investimento. "É preciso planejar bem quais serão os aportes e onde o resultado será mais real", diz ele ao DCI.

Entre as apostas da empresa para este ano está a construção de hotéis, em parceria com o Grupo Accor. "Focamos cidades que não sejam muito longe de São Paulo", disse ele, que projeta expansão de mais 10% na empresa este ano.

Com investimentos na área comercial, através de condomínios logísticos, e residencial, a Mbigucci também projeta expansão este ano, com lançamento de cinco empreendimentos, 20% a mais do que o lançado ano passado. Segundo Milton Bigucci, presidente da empresa, o setor comercial segue como aposta da empresa. "Com certeza o aumento será superior a 20% nesse segmento", disse ele.
 

 



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