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AGÊNCIA CBIC

13/06/2025

Habitação de interesse social tem impacto transformador na sociedade, afirmam lideranças da construção

Agentes do setor pontuaram o papel relevante da moradia na economia nacional no último dia de Construa Sul 

No segundo dia de Construa Sul, nesta sexta-feira (13), lideranças do setor da construção foram convidadas a trazer suas experiências em prol de um mercado mais justo e acessível para uma importante fatia da população. O evento foi realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Curitiba.

No painel temático “Habitação de interesse social”, Renato Correia, presidente da CBIC, lembrou do papel relevante do programa Minha Casa Minha Vida na economia nacional, com entregas que equivalem ao déficit habitacional da Argentina.

Carlos Cade, presidente do Sinduscon-PR, lembrou o quanto a casa própria é significativa para quem vive com renda apertada. “Os bairros se transformam com a chegada de moradores proprietários de suas casas, que logo transformam a região com suas poupanças, e surgem novos comércios e mais desenvolvimento”, destacou.

Grande operadora do programa, a Caixa Econômica Federal (CEF) comemora o avanço da participação da construção civil no PIB brasileiro. “O Brasil saiu de menos de 2% de participação no PIB do país para 6,2%, mas podemos avançar, pois no Chile, por exemplo, o valor é de 30%”, pontuou Roberto Ceratto, diretor de habitação da CEF.

Com números de impacto, o executivo mostrou que hoje são assinados R$ 1 bilhão em contratos de financiamento por dia. A carteira do Paraná representa 8% do total nacional, enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm 5,2% e 6,9%, respectivamente.

Para a classe média, que agora tem sua própria fatia no Minha Casa Minha Vida, destinado a famílias com renda de até R$ 12 mil, o ticket médio hoje é de R$ 238 mil. Em poucos dias, já foram realizadas 400 mil simulações, sendo que 10 mil propostas estão em andamento.

Pensando ainda na sustentabilidade, Ceratto contou que, até o fim do ano, a CEF deve chegar a 100% dos contratos assinados sem o uso de papel, via sistema Nato-Digital.

O presidente da Cohapar, Jorge Lange, elogiou o time da Caixa Econômica no Paraná. “A equipe dá conta e dá resultado”, elogiou. “A habitação muda a vida das pessoas. E aqui no Paraná chamamos todos os agentes do setor para saber como construir um apoio efetivo a essa parcela.” Ele trouxe uma boa notícia às construtoras: a verba destinada pelo governo estadual à moradia popular será garantida até o final de 2027.

O CEO da MRV, Eduardo Fischer, lembrou o quanto o mercado da construção é regulado no país, e agora surge a ameaça da taxação dos investimentos em LCI, crédito importante no financiamento do setor imobiliário. “Tem gente que tem preconceito com entidades públicas, mas acompanho o dia a dia da Caixa Econômica e vejo a ânsia de evoluir, e isso tem impacto enorme na nossa indústria.” Ele lembrou que a demanda habitacional no Brasil é sempre maior que a oferta, e com isso as construtoras não precisam tirar market share de ninguém. O desafio é o crédito da população. “Compramos áreas hoje que serão construídas em 5, 10, 12 anos, e isso é um ato de fé”, brincou.

“A maioria das cidades não é urbanizada como Curitiba, e quando falhamos como sociedade em atender as famílias que precisam de habitação, elas dão um jeito, de forma irregular, o que é um problema crônico. Eu pergunto o que a indústria pode fazer para encurtar esse acesso à moradia regular, com qualidade e sem jogar pressão maior naquela sociedade?”, questiona Fischer. “Os grandes desafios da moradia de interesse social são o crédito e a regulamentação. Nosso mercado é muito regulado e todas as partes precisam se envolver para garantir o avanço rápido e o atendimento às famílias que precisam. Se conseguirmos fazer esse movimento daremos um salto enorme para atender as famílias de forma mais efetiva e na velocidade necessária”, pontua.

O diretor comercial da Compagás, Luiz Carlos Kuns Passos, trouxe números atualizados do serviço de conexão de imóveis à rede de gás natural. “Nosso desafio é conectar mais de 65 mil clientes e dobrar a rede no período de 5 anos, com aporte de meio bilhão de reais até 2029 no Paraná”, pontuou.

Passos comentou sobre as mudanças no mercado imobiliário em Curitiba, em que o gás encanado surge como opção mais sustentável e segura, sendo que a retirada de caminhões de entrega das ruas representa importante redução na pegada de carbono. “Além disso, nossa tarifa é regulada, o que contribui para a cadeia do gás natural ser uma parceria tão importante junto às construtoras.”

A primeira edição do Construa Sul reuniu as 96 entidades associadas à CBIC, entre empresários, investidores e autoridades dos três estados. O evento contou com o patrocínio do SeconciPR, Caixa Econômica Federal, Copel, Sanepar, Compagas, Mútua, Totus, Brain Inteligência Estratégica, Construsul, Versátil e Veraz.

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