
AGÊNCIA CBIC
23/05/2012
Governo quer viabilizar portabilidade em linha para compra de imóvel
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23/05/2012 :: Edição 322 |
DCI Online/SP 23/05/2012
Governo quer viabilizar portabilidade em linha para compra de imóvel
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo trabalha para melhorar as regras da portabilidade do crédito habitacional. "Na medida em que os juros vão caindo, cairão também para o crédito habitacional. Para quem já tomou o crédito, estamos trabalhando para implantar a portabilidade", afirmou.
Com isso, segundo o ministro, os bancos serão pressionados a baixar as taxas para que o cidadão não mude de banco. "Já estamos trabalhando nessa portabilidade para beneficiar aqueles que já entraram no sistema. Serão facilitadas as negociações", completa.
Mantega participou ontem de audiência pública da Comissão Mista da medida provisória 567, que trata das mudanças na caderneta de poupança.
Segundo o ministro, o setor habitacional vai ter mais fluxo de recursos com a nova regra da caderneta de poupança, o que já pode ser visto por conta do aumento dos depósitos desde o anúncio da mudança.
"É o que ficou demonstrado com o comportamento do poupador. Aumentaram os depósitos em R$ 4 bilhões, R$ 5 bilhões em uma semana. Aumentarão os depósitos de forma gradual, não explosiva. Não há problema de falta de recursos para o financiamento habitacional".
Mantega ressaltou que a inadimplência da Caixa Econômica Federal é baixa, menor que em outros bancos, o que mostra que não há problema na estratégia dos bancos públicos em relação ao crédito. "A Caixa tem a inadimplência baixa. Não há nenhum problema ali. Eu controlo e não deixo a coisa degringolar", afirmou.
Mantega disse ainda que, em 2008, a estratégia do governo para a crise foi muito bem-sucedida. "Estratégia bem-sucedida a gente repete."
Mantega comentou também a forte concentração do sistema financeiro brasileiro, no qual os dez maiores bancos respondem por 80% de todo o crédito concedido e disse que é difícil conseguir concorrência maior no sistema financeiro. "Por sorte, bancos públicos podem fazer política anticíclica", afirmou. "No passado os bancos estrangeiros vieram e não foram bem sucedidos. Temos preocupação em aumentar a concorrência no setor e acredito que caminharemos para isso num futuro próximo", completou.
O ministro lembrou também a estratégia do Tesouro Nacional em reduzir o percentual de títulos remunerados pela Selic (LFTs) na dívida pública. "Essa fatia já caiu bastante. São papéis ruins porque têm indexador natural e queremos desindexar a economia", disse Mantega. "Já proibimos os fundos ligados ao governo de fazer aplicações nesses títulos e não estamos renovando esses papéis que estão vencendo. Procuramos aumentar a participação de pré-fixados", concluiu.
SÃO PAULO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo trabalha para melhorar as regras da portabilidade do crédito habitacional. "Na medida em que os juros vão caindo, cairão também para o crédito habitacional. Para quem já tomou o crédito, estamos trabalhando para implantar a portabilidade", afirmou.
Com isso, segundo o ministro, os bancos serão pressionados a baixar as taxas para que o cidadão não mude de banco. "Já estamos trabalhando nessa portabilidade para beneficiar aqueles que já entraram no sistema. Serão facilitadas as negociações", completa.
Mantega participou ontem de audiência pública da Comissão Mista da medida provisória 567, que trata das mudanças na caderneta de poupança.
Segundo o ministro, o setor habitacional vai ter mais fluxo de recursos com a nova regra da caderneta de poupança, o que já pode ser visto por conta do aumento dos depósitos desde o anúncio da mudança.
"É o que ficou demonstrado com o comportamento do poupador. Aumentaram os depósitos em R$ 4 bilhões, R$ 5 bilhões em uma semana. Aumentarão os depósitos de forma gradual, não explosiva. Não há problema de falta de recursos para o financiamento habitacional".
Mantega ressaltou que a inadimplência da Caixa Econômica Federal é baixa, menor que em outros bancos, o que mostra que não há problema na estratégia dos bancos públicos em relação ao crédito. "A Caixa tem a inadimplência baixa. Não há nenhum problema ali. Eu controlo e não deixo a coisa degringolar", afirmou.
Mantega disse ainda que, em 2008, a estratégia do governo para a crise foi muito bem-sucedida. "Estratégia bem-sucedida a gente repete."
Mantega comentou também a forte concentração do sistema financeiro brasileiro, no qual os dez maiores bancos respondem por 80% de todo o crédito concedido e disse que é difícil conseguir concorrência maior no sistema financeiro. "Por sorte, bancos públicos podem fazer política anticíclica", afirmou. "No passado os bancos estrangeiros vieram e não foram bem sucedidos. Temos preocupação em aumentar a concorrência no setor e acredito que caminharemos para isso num futuro próximo", completou.
O ministro lembrou também a estratégia do Tesouro Nacional em reduzir o percentual de títulos remunerados pela Selic (LFTs) na dívida pública. "Essa fatia já caiu bastante. São papéis ruins porque têm indexador natural e queremos desindexar a economia", disse Mantega. "Já proibimos os fundos ligados ao governo de fazer aplicações nesses títulos e não estamos renovando esses papéis que estão vencendo. Procuramos aumentar a participação de pré-fixados", concluiu.
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