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AGÊNCIA CBIC

27/07/2011

Governo lança programa de bolsas de estudos no exterior

"Cbic"
27/07/2011:: Edição  144

 

DCI OnLine/SP 27/07/2011
 

Governo lança programa de bolsas de estudos no exterior

Ao apresentar as diretrizes do programa Ciência sem Fronteiras, que pretende conceder 100 mil bolsas de intercâmbio a brasileiros, a presidente Dilma Rousseff disse que a seleção dos estudantes não será baseada no critério do "quem indica", mas no de quem tem mérito.
 De acordo com ela, a distribuição das bolsas levará em conta a representação étnica, social e regional.
 "Estamos criando ações orientadas pelo mérito. Todos [os contemplados] vão ter de ter nota acima de 600 no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], e daremos especial atenção aos alunos ganhadores de olimpíadas, notadamente a da matemática", acrescentou Dilma, no encerramento da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
 De acordo com a presidente, o governo quer que os estudantes brasileiros estudem nas melhores universidades e em cursos de ciências exatas, onde há maior deficiência de profissionais, como as áreas de engenharia e de tecnologia da informação.
 Risco
 Ao falar sobre o programa, o reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Monteiro, alertou para o risco de que o critério de seleção por mérito favoreça estudantes que têm acesso a educação privada e que, por isso, ingressam nas melhores universidades. "Assim, o Estado brasileiro vai custear um programa justamente para a parcela representativa da camada que tem recursos e acesso, e os estudantes das classes pobres ficarão fora."
 No discurso, a presidente Dilma abordou o assunto. De acordo com ela, o critério por mérito é crucial e o Programa Universidade para Todos (Prouni) comprova que os estudantes de baixa renda têm bom desempenho. "Não há demérito em ter política por mérito. Está provado que política por mérito pode contemplar as classes menos privilegiadas. O Prouni mostrou que o desempenho no Enem dos selecionados para o programa era adequado para os parâmetros existentes."
 Dilma adiantou que a pré-seleção dos alunos que poderão ser beneficiados pelo programa será feita pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo ProUni.
 Bolsas
 O secretário-geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Moacyr Auerswald, pediu a criação de cursos de línguas para que a necessidade de dominar um idioma estrangeiro não prejudique os estudantes de baixa renda quanto a terem acesso a bolsas de estudos no exterior.
 O Ciência sem Fronteiras dará bolsas para diferentes níveis de estudo, do ensino médio ao doutorado. As bolsas serão custeadas com parceria público-privada. As áreas prioritárias para o programa são engenharias, ciências exatas (matemática, física, química), computação, produção agrícola, tecnologia aeroespacial, petróleo gás e demais áreas tecnológicas.
 O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, informou que o programa "Ciência Sem Fronteiras" vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A intenção é promover o avanço da ciência, tecnologia e competitividade do Brasil.
 Mercadante fez questão de afirmar que a "autoria intelectual" do programa é da presidente Dilma Rousseff, e afirmou que ainda é necessário um diagnóstico aprofundado sobre a dificuldade do Brasil em produzir patentes.
 Um dos problemas apontados pelo ministro é o baixo investimento da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com o Mercadante, dois terços das patentes registradas no mundo são feitas por empresas, enquanto no Brasil dois terços das patentes do País têm origem nas universidades públicas.
 Ranking
 Apesar de ocupar a 13ª posição no ranking mundial de produção científica, o Brasil está em 47ª lugar no ranking de inovação.
 "Na área de inovação, o Brasil está muito distante da posição que detém na economia mundial", disse Mercadante durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
 Mercadante apresentou alguns dados que mostram o quanto algumas áreas do conhecimento foram desfavorecidas entre 2001 e 2009. Enquanto o total de bolsas concedidas para a área de humanas aumentou 66% no período, e para a de ciências biológicas, 63%, o de engenharia cresceu apenas 1% e o de ciências exatas e da terra diminuiu 16%. "Por isso, a inovação é o foco da nova política industrial", disse ele.
 O professor Antônio Trevisan ressaltou a importância da participação da iniciativa privada nessas áreas.
 A resposta foi dada pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), Paulo Safady: "Vamos administrar isso com competência e competitividade." 

"Cbic"

 

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