
AGÊNCIA CBIC
Governo estuda nova etapa do Minha Casa para aliviar crise da construção
17 de maio de 2015
Imóveis do Minha Casa, Minha Vida em Araguari (MG)
Para aliviar a situação da construção civil, o governo vai lançar em julho mais uma etapa do Minha Casa, Minha Vida, com novas regras e projeção de contratação de 3 milhões de novas casas.
Também estão em estudo medidas para ajudar a destravar os financiamentos habitacionais para as classes média e alta.
Construtoras e bancos pressionam o governo por solução, mas a margem para benesses é pequena.
Mesmo com a terceira etapa do Minha Casa, o governo já avisou que contratações serão graduais.
Está em discussão, por exemplo, a criação de uma faixa intermediária de renda das famílias atendidas pelo programa. Construtoras também esperam reajustes no valor dos imóveis que podem ter o benefício.
Para aliviar o estrangulamento do crédito para a classe média, o governo deve atender o pleito das construtoras de elevar de R$ 190 mil para R$ 300 mil o valor-teto dos imóveis que podem ser financiados com recursos do FGTS. Hoje, essa faixa é atendida pela poupança.
A demanda por parte do compulsório da poupança não deve ser atendida.
Para o presidente do Creci-RS (entidade dos corretores), Flavio Koch, o mercado a passos lentos é reflexo da decisão mais demorada dos clientes em função da incerteza política e econômica do país, o que leva os empresários a também segurarem os lançamentos. Mesmo assim, o cenário não é tão assustador, avalia Koch. Para ele, o momento de superaquecimento do setor, há alguns anos, também não foi saudável e levou a contratempos como a demora para compradores receberem seus imóveis devido a problemas como falta de material de construção.
Já passei por muitas crises e elas são superadas em um prazo não tão longo quanto se imagina avalia./ Folha.com