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AGÊNCIA CBIC

18/05/2011

Governo dedica agenda à inovação de microempresas

"Cbic"
18/05/2011 :: Edição 100

Jornal DCI Online/BR – 18/05/2011

governo dedica agenda à inovação de microempresas

São Paulo – O governo está empenhado neste ano a ajudar micro e pequenas
empresas a desenvolverem projetos em pesquisa e inovação. Ontem, o presidente
do Sebrae, Luiz Barreto, afirmou que a instituição mobiliza aporte de quase R$
787 milhões nos próximos três anos para auxiliar nesses projetos e o ministro
da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, além de defender a criação de
fundos setoriais para fomentar a pesquisa, especialmente nas áreas de petróleo
e de mineração, disse que o governo federal elabora programa para a criação de
bolsa de estudo para a formação de engenheiros nas universidades.

No caso do Sebrae, a instituição informou que investirá R$ 409 milhões,
sendo R$ 85 milhões para serem aplicados em 2011, R$ 134,6 milhões em 2012 e R$
189,5 milhões em 2013. O restante dos recursos será proveniente das empresas
beneficiadas, do Sebrae nos estados e de parceiros. A mobilização faz parte da
nova formatação do programa Sebraetec, lançado neste ano.

Segundo Barretto, um dos intuitos em ajudar a aumentar a inovação é que esta
sirva de instrumento para fazer com que as pequenas e microempresas consigam
enfrentar a concorrência de produtos chineses. "Apenas 12 mil das pequenas
e microempresas exportam seus produtos. A grande dificuldade é pensar como elas
podem se inserir e ampliar seu mercado", disse Barretto. "Não há como
pensar no desenvolvimento do País sem pensar na inclusão das pequenas e médias
empresas. Elas participam apenas com 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos
países desenvolvidos, esse patamar é quase o dobro disso. Na Argentina e no
Chile, também. Há um desafio de aumentar a participação no PIB."

Ele também destacou a importância dos aportes à inovação para que as micro e
pequenas se preparem para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas no Rio de
2016. "Os eventos significam novas oportunidades para micro e pequenos
empresários."

De olho no potencial de novos negócios, o Sebrae contratou a Fundação
Getúlio Vargas para fazer um mapa de oportunidades e requisitos que devem ser
preenchidos pelas pequenas e microempresas. O presidente do Sebrae ressaltou
que há nove setores em estudo com potencial para uma participação maior dos
pequenos e médios empresários, entre eles construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção
associada ao turismo.

Apesar de apoiar iniciativas do Sebrae e do governo para que micro e
pequenas empresas inovem mais, o professor da Fia e diretor presidente da
Fractal, Celso Grisi, critica a demora dessas ações. "Por anos, o Brasil
cresceu sem planejamento e o governo deveria ter focado nisso antes, já que
precisamos pensar agora não só nas oportunidades de negócios que a Copa do
Mundo e as Olimpíadas podem trazer, mas traçar planos para depois desses
eventos, de modo a manter os negócios dessas empresas fortalecidos",
entende. "Realmente, as micro e pequenas dão vigor para a economia
brasileira. São elas que geram empregos e que seguram o País em momentos de
crise."

Ciência e tecnologia

O ministro da Ciência e Tecnologia acredita que as criações de fundos
setoriais e de uma "Embrapa da indústria" – centro focado em inovação
voltado para a área- serão importantes para colaborar com o crescimento também
das micro e pequenas empresas no Brasil. Mercadante disse ainda ser necessário
melhorar incentivos fiscais e agilizar o processo de patentes do País. E
lembrou a proposta de transformar a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
em banco público da inovação, cujo orçamento do órgão deve crescer para R$ 2
bilhões ainda neste ano.

Ele criticou também a proposta do Congresso de pulverizar os recursos do
pré-sal, o que, para o ministro, compromete investimentos em inovação no País
e, consequentemente, o crescimento de longo prazo da economia brasileira.

Mercadante sugeriu a criação de um Fundo Soberano para assegurar que o novo
regime de partilha dos royalties do petróleo contribua para o investimento em setores estratégicos
no País. "O problema central é que nós não estamos vinculando na
repartição dos recursos do pré-sal um projeto de País. A área de ciência e
tecnologia perderá em nove anos R$ 12,2 bilhões. Este ano nós já teríamos
perdido R$ 900 milhões, se o presidente Lula não tivesse vetado o que o
Congresso aprovou", disse. Segundo ele, o Brasil não pode se acomodar com
o pré-sal e se conformar a ser exportador de commodity.

Sobre
a bolsa de estudo para a formação de engenheiros, Mercadante afirmou que a
criação é importante para o futuro da ciência e tecnologia no Brasil, já que
segundo ele, diminuiu a procura pela profissão nas universidades brasileiras,
ao passar de 7% em 2000 para 5,9% em 2009. "Hoje, temos 5,3 mil bolsas
para engenheiros. Queremos, nos próximos anos, oferecer 75 mil bolsas para
formar engenheiros e superar essa grave deficiência que vai estrangular nosso
desenvolvimento econômico", afirmou.



"Cbic"

 

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