Expo Revestir: Eventos climáticos extremos nortearam debate da CBIC

Os impactos socioeconômicos causados pelos episódios de eventos climáticos extremos no país foram base para o debate da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta sexta-feira (17), durante a Expo Revestir. O debate sobre o tema surge como alerta a partir das tragédias ocorridas no Brasil, como enchentes, e a necessidade de adaptação das cidades para o enfrentamento da situação. 

Para abrir debate sobre o tema, foi apresentado o painel “Cidades Resilientes e a Importância do Net Zero Water na Construção e Eventos Extremos Climáticos”, coordenado pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Nilson Sarti, abordando o uso de edificações zero água. 

Segundo Enzo Tessitore, head de Operações e Marketing do Green Council Brazil (GBC), edifícios zero água desempenham papel importante na construção de cidades resilientes, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e minimizando o risco de escassez de água durante períodos de seca ou outras emergências relacionadas à água.

“Os edifícios zero água podem desempenhar um papel fundamental na construção de cidades resilientes, reduzindo a demanda por recursos hídricos, minimizando o risco de escassez de água e reduzindo a pegada de carbono geral de uma cidade”, disse. 

Como esse tipo de edificação é projetada para captar, tratar e reutilizar toda a água consumida dentro do edifício, as construções podem ajudar a reduzir a pegada de carbono geral de uma cidade, reduzindo a energia necessária para tratar e transportar água. Isso porque os sistemas tradicionais de abastecimento e tratamento de água são intensivos em energia, e os edifícios zero água ajudam a reduzir a demanda por esses sistemas, explicou Tessitore.

A consultora de gestão hídrica da CBIC e diretora da Infinitytech, ‍Virgínia Sodré, apresentou o lançamento da publicação “Cidades Resilientes e a Urgência por Projetos Net Zero Water”. A publicação foi elaborada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA/CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

De acordo com a consultora, o objetivo da publicação é conscientizar as empresas e profissionais do setor sobre a importância do tema e capacitá-los sobre o assunto. “É um instrumento que visa trazer eficiência hídrica e a redução de riscos e segurança pública e sanitária à população”, destacou Virgínia. 

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