Sinduscon-PE promove conversa com representantes da Caixa

Cerca de 25 empresários da construção civil participaram nesta quinta-feira, 13, de reunião-almoço no Sinduscon-PE com a diretoria da entidade e uma comitiva da Caixa Econômica Federal liderada pelo superintendente executivo de Habitação do Nordeste, Tácito Maia.
Na primeira parte do encontro, o superintendente falou sobre as alterações estruturais ocorridas na Caixa, com a criação de mais gerencias de governo e de habitação. No Nordeste são 16 gerências de Habitação, todas subordinadas à sua superintendência. Em Pernambuco, Tácito Maia lembrou que em 2013 foi criada mais um polo, desta vez em Petrolina, que veio somar com os polos Recife e Caruaru. “Agora são três gerencias de Habitação e três de Governo no estado”, informou.

Ainda segundo ele, a caixa está em fase de estudo dos resultados dessas alterações, inclusive como se dará a migração de outros produtos das áreas de habitação para nessa gerencia, uma vez que atualmente ela atende obras do programa Minha Casa, Minha Vida. “Esperamos que o processo todo termine até o final do ano”, falou, adiantando que no dia 21 de fevereiro haverá em Salvador, capital da Bahia, uma reunião com todos os gerentes de Habitação do Nordeste visando a padronização que a instituição pretende alcançar.

Ao proferir a frase –  “Essa conversa será a primeira para que a gente possa se aproximar mais ” – Tácito Maia praticamente convidou os empresários a colocarem suas opiniões sobre o relacionamento com a instituição bancária. Convite aceito, os construtores elencaram entraves sobretudo no andamento dos processos de obras incluídas na Faixa 01 do programa Minha Casa, Minha Vida, como excesso de burocracia na solicitação de documentos, exigência de retrabalho ao final do contrato quando as falhas observadas deveriam ser apontadas durante a execução da obra, atraso nas medições mensais acarretando prejuízos grandes às construtoras que, descapitalizadas, ficam sujeitas a contratarem empréstimos com outras instituições a juros mais elevados e, por fim, demora para liberar o valor devido após a medição.

Os representantes da Caixa se mostraram bastante solícitos com relação aos pleitos e, em contrapartida, o superintendente de Habitação no Nordeste, pediu para os construtores informarem à gerencia de Habitação responsável pela área onde se localiza a obra quando o engenheiro que a fiscaliza não cumprir o cronograma das medições, bem como quando o pagamento não for liberado no prazo correto após a medição.

Sobre a questão do retrabalho, considerou ser este um tipo de surpresa que não deve ocorrer devido ao acompanhamento constante do engenheiro da Caixa na obra. “Se a Caixa está toda semana com um engenheiro na obra, já vai fazendo os apontamentos e formalizando”, disse. Á todos os agentes envolvidos deu o recado:  “Não dá para ficar preso na burocracia que nós mesmos criamos. Não é só mandar um ofício e ficar esperando. Não custa nada pegar o telefone e informar o que está acontecendo”, sugeriu.

Formaram o grupo da Caixa Econômica Federal durante a reunião, além de Tácito Maia, os gerentes regionais Martoni Sobral e Bento Júnior, responsáveis pelo polo de Caruaru, no Agreste pernambucano,  o superintendente em exercício, João Carlos Sá Leitão, e a gerente de Habitação em exercício, Márcia Soares de Lima, ambos responsáveis pela Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata.