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11/08/2014

Lançamentos e vendas caem no RN

"Cbic"
11/08/2014

Tribuna do Norte Online – Natal

Lançamentos e vendas caem no RN

Itaércio Porpino 

 Repórter

Queda acentuada no número de empregos na construção civil, diminuição nas vendas e ofertas de imóveis e também de lançamentos. Os dados da mais nova pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) apresentado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon-RN) revelam um retrato preocupante do mercado imobiliário potiguar, de acordo com representantes do setor.

Ana SilvaLevantamento também mostra desaceleração no mercado de trabalho: Em todos os meses do 2º trimestre houve queda no emprego

O estudo reúne números referentes ao segundo trimestre deste ano (abril a junho), fornecidos por 29 empresas associadas ao Sinduscon, o que corresponde a 90% do mercado imobiliário da Grande Natal.

saiba maisConstrutoras esperam reação a partir de agoraRealizado pela Consult e apresentado à imprensa ontem (08), em um café da manhã na sede do sindicato, o relatório mostra, por exemplo, que em todos os meses do segundo trimestre foi registrada queda do número de funcionários na construção civil. Comparado com março, último mês do trimestre anterior, a redução dos postos de trabalho em junho foi de 11,6%.

Os números e gráficos mostram ainda que a oferta de imóveis residenciais caiu em todos os meses do trimestre, como reflexo das vendas e de poucos lançamentos no período. Mas o indicador que mais chama atenção do presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Jr, é o de lançamentos.

No segundo trimestre de 2014, foram lançadas 67 unidades, número 80,2% menor que o do trimestre anterior, quando foram lançadas 338. O presidente do Sinduscon frisa que esse cenário vai afetar todos os indicadores futuros.

?Se você tem hoje poucos lançamentos, significa que no futuro as obras vão terminar. E os trabalhadores vão pra onde se não tem novos lançamentos? Isso é um indicador muito ruim para a economia e para o consumidor num futuro próximo?, diz Gaspar.

Em relação às vendas de imóveis residenciais, que diminuíram de 610 unidades para 370 em relação ao primeiro trimestre deste ano, representando uma queda de 37,8%, o presidente do Sinduscon reconhece que o desempenho em abril, maio e junho foi realmente ruim. Porém, há que ser considerado o mês anterior (março), que foi muito bom, e, principalmente, junho, que puxou os números para baixo, mas, mesmo assim, a média de vendas/mês, de 300 imóveis, foi mantida.

?Teve o efeito Copa do Mundo, que diminuiu os dias úteis. A Copa foi um sugador da atenção da sociedade e criou um ambiente menos propício para venda no mês de junho. Em julho, deveremos ter a recuperação das vendas para esse patamar de 300 imóveis/mês e talvez recuperemos um pouco essa baixa de junho?, diz o presidente do Sinduscon.

Empregos 

 A queda de empregos na construção civil, de 7 mil postos para 6.150 entre abril e junho, é reflexo do término de obras públicas, entre elas, o estádio Arena das Dunas. A conclusão do Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, construído pela iniciativa privada, também influenciou os números.

?As obras públicas seguraram durante quatro meses os empregos. Quando elas acabaram, tivemos uma grande redução, mas, quando a gente compara dezembro a junho, ainda hoje nós estamos positivos com 350 postos. E quando compara com o resto do Brasil, o resto do país não tem esses números. Nas outras cidades, de janeiro a junho, você tem queda real. E nós não?, afirma Gaspar.

Se tem alguém que pode tirar proveito desse momento do mercado imobiliário, é o consumidor. ?Essa é a hora de comprar um imóvel, porque no futuro vamos ter uma pressão muito grande em cima da oferta. E chegará uma hora em que a falta de ofertas vai pressionar os preços?, preconiza o presidente do Sindicato da Construção Civil do RN.

Bate-papo  – Arnaldo Gaspar Júnior 

 Presidente do Sinduscon-RN ?Há um descompasso entre venda e lançamento e isso é preocupante?

Diante da queda desses índices todos, o que é mais preocupante? 

 Nosso IVV mostra uma constância de vendas em torno de 5%, o que no momento era o esperado. É normal. Junho foi ruim de vendas, mas tem uma explicação: a Copa do Mundo. Então eu não estou preocupado com as vendas atuais, mas com o que nossa pesquisa está mostrando para um futuro próximo, que é a falta de novos lançamentos e a queda do estoque de imóveis.

Por que isso está acontecendo?  É reflexo da falta de confiança do empresário no futuro da economia. Uma coisa que todo empresário hoje sente e que me preocupa muito em relação ao futuro é essa demonização do lucro, do empreendedorismo. Porque os nossos investimentos são investimentos para quatro, cinco anos. Então, a decisão do empresário de investir, para gerar emprego, para gerar renda, é tomada agora com foco em cinco anos, e hoje o empresário está acuado. Uma pesquisa que mostra que estão sendo vendidos 250 imóveis por mês em média, mas que só há 33 lançamentos, revela um descompasso entre a venda e os lançamentos. Isso é muito preocupante.

Com um ano completo de IVV, já é possível apontar a tendência do mercado imobiliário? 

 A tendência é a manutenção de 5% de vendas, o que mostra que temos estoque para 20 meses. Por outro lado, vemos a diminuição desse estoque. Em nosso primeiro IVV, contávamos com um estoque de quase 6 mil imóveis e hoje temos em torno de 4.900. Um ano de IVV é como um filme que lhe permite fazer inferências em relação ao futuro. Por isso que eu alerto a sociedade para a necessidade de respeitarmos contratos e relações comerciais estabelecidas. É preciso que o Estado como um todo saiba os seus limites e passe a respeitar a atividade empresarial como ela deve ser respeitada, pra que o empresário volte a ter confiança no futuro e volte a investir, o que não está acontecendo agora.

 


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