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11/02/2011

Governo quer índice de preço para imóveis

11/02/2011 :: Edição 036

Jornal Folha de S. Paulo/BR   |   /11/02/2011

governo quer índice de preço para imóveis

São Paulo, BR – sexta-feira, 11 de fevereiro
de 2011

 

Caixa e IBGE devem criar indicador para
monitorar valorização de casas e apartamentos em todas as capitais
Projeto
tem, entretanto, resistência dentro do governo; técnicos receiam que índice se
torne indexador

VALDO CRUZ

SHEILA D’AMORIM

DE BRASÍLIA

Preocupada com a valorização dos imóveis nos
últimos anos, o que pode se transformar numa bolha imobiliária, a presidente
Dilma Rousseff decidiu acelerar a criação de um indicador de preços oficial
para o setor.

Para isso, segundo assessores, ela assinará um
decreto criando uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para testar e montar o modelo
final do Índice de Preços de Imóveis.

O índice deverá medir a evolução do valor de
casas e apartamentos em todas as capitais. Inicialmente, os testes serão feitos
em, no máximo, cinco cidades. Participam do projeto o Ministério da Fazenda e o
Banco Central, que lançou a ideia.

O índice poderá ter usos diversos e enfrenta
resistências dentro do próprio governo. Será um indicador de exposição ao risco
dos bancos, que financiam os negócios nessa área, e também de renda gerada na
economia.

Um problema destacado por parte dos técnicos do
governo é que o índice pode acabar se tornando também um indexador do setor,
sendo usado por donos de imóveis para reajustar os preços.

Há também a dificuldade em definir o modelo de
índice que mais se ajusta à realidade brasileira. Ao contrário de outros
setores, o imobiliário tem características específicas e o estoque de imóveis
no país é diversificado.

A formação do índice pressupõe ser possível
comparar o preço de um mesmo imóvel em vários momentos diferentes. No caso de
casas, apartamentos, lojas e demais construções, comerciais ou residenciais, há
uma série de fatores que precisam ser considerados no valor final.

Estudo feito pelo IBGE, em dezembro de 2010,
aponta, entre os problemas, o fato de que, mesmo acompanhando uma residência
determinada, não há garantia de que a qualidade foi mantida.

A depreciação do imóvel, que pode não ter passado
por manutenção, afeta o preço. Da mesma forma como melhorias valorizam o bem.

Por isso, o governo trabalha com, pelo menos,
quatro métodos distintos já usados em países como EUA, Nova Zelândia, Austrália
e Espanha para encontrar o que melhor se aplica ao Brasil.

A Caixa e o IBGE já criaram alguns modelos, que
serão testados logo após a assinatura do decreto. O índice será um instrumento
de trabalho para os agentes imobiliários, como a Caixa. Por meio dele, técnicos
da CEF avaliam que será mais seguro e fácil analisar a concessão de créditos
para financiamento de aquisição de imóveis no país.

PESQUISAS

Atualmente, a Caixa já faz pesquisas de
mapeamento de preços de imóveis, mas setorizadas, focadas em regiões de cidades
em que financia crédito imobiliário.

Para montar um índice nacional e que cubra toda a
região das capitais, a decisão do governo foi unir a experiência no setor da
Caixa e a do IBGE na coleta de dados.

Assessores da equipe econômica defendem a ideia
com o argumento de que, depois da recente crise, todos os países estão buscando
monitorar os preços no setor imobiliário. Quanto ao risco de se tornar um
indexador, argumenta-se que é preciso criar um controle sobre os preços no
setor, como já existe com outros produtos.


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