Fundos estrangeiros procuram parcerias com MPEs de imóveis

Grandes fundos estrangeiros têm demonstrado interesse em abocanhar uma fatia dos negócios de construtoras e incorporadoras nacionais, principalmente as que são pequenas e médias empresas (PMEs). A construtora MBigucci, forte no ABC Paulista, acaba de ser procurada por um grupo espanhol, e Marcos Bigucci, diretor Comercial da empresa, diz que o principal motivo desse interesse decorre das consequências que a crise na Europa traz à economia dos países do continente. "Mesmo com taxas de juros altas, o Brasil é como um cenário sem riscos. E com a situação na Europa, os olhos todos se voltam para os emergentes, como o nosso país e a Índia", ressalta.

 No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou crescimento de 82% em valor geral de vendas perante os seis primeiros meses do ano passado, a R$ 118 milhões. De acordo com o presidente do grupo, Milton Bigucci, a expectativa em 2011 é atingir R$ 457 milhões. "Vivemos um momento de ouro na construção civil", comenta.

 O bom momento é visto também pela americana Tishman Speyer, que está estruturando um novo fundo de investimentos para atuar no setor imobiliário brasileiro. Segundo Daniel Cherman, presidente da companhia, o Fundo Brasil 3 vai receber um aporte de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões, e deve ser lançado até o fim do ano.

 O Fundo Brasil 3, como o nome diz, não é o primeiro fundo lançado pela Tishman no País. Há três anos a empresa conta com aportes de R$ 1,5 bilhão.