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09/11/2010

Em alta, mercado imobiliário busca se afastar de bolha

CBIC Clipping

09/11/2010 :: Edição 004

Jornal Brasil Econômico/BR|  09/11/2010

Em alta, mercado imobiliário busca se afastar de bolha

Especialistas descartam risco, pois emprego e renda estão crescendo e o crédito para o setor ainda é incipiente no país

 Com o aumento da renda e das modalidades de financiamento, os investimentos em imóveis crescem a passos largos. O mercado é visto como um dos mais promissores, já que o déficit habitacional é de 6 milhões a 7 milhões demoradias. Estudo da MB Associados estima um elevado crescimento da demanda imobiliária nos próximos anos, de quase 1,5 milhão de imóveis para a classe média e 180 mil para consumidores com renda superior a 10 salários mínimos. O levantamento mostra ainda uma elevação de 40% nos preços neste ano, enquanto a massa real de renda deve subir em torno de 6,5%.

 No entanto, especialistas ouvidos pelo BRASIL ECONÔMICO descartam a formação de uma "bolha", pois o crédito imobiliário ainda é incipiente na comparação com outros países, em torno de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). No Chile, por exemplo, é de 60% do PIB. Além disso, o grau de alavancagem das famílias brasileiras, ou seja, a parcela do salário destinada a esse fim, ainda é muito baixo.

 "Não parece haver subsídios para acreditar que exista bolha imobiliária nesse momento. Não significa que o avanço do mercado não possa levar a essa situação, mas no presente momento o mercado é muito incipiente para este tipo de especulação", afirma o estudo.

 Para Antonio Bezerra, analista sênior da Lopes Filho Associados, o Brasil está em um momento anterior à bolha, mas pondera que estados como São Paulo e Rio de Janeiro já têm níveis de elevação no preço acima da renda. "É bem complicado, mas [o setor] tem bastante espaço para crescer", explica.

 Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), lembra que, se todo mundo resolver vender de uma vez o imóvel, não haveria demanda.  "Mas onde há grande demanda e o investidor conseguir diagnosticar vai vender como pãozinho quente", compara.

 Segundo Pompéia, uma das grandes incógnitas diz respeito à capacidade de quantificar o porcentual de imóveis adquiridos como investimento. "A participação desse público é significativa, algo em torno de 30%, mas é difícil de mensurar", diz.

 Investimento Revender o imóvel, alugá-lo ou aplicar em um fundo imobiliário são algumas das formas de se ganhar dinheiro com esse mercado.

 No entanto, nas três modalidades, há vantagens e desvantagens que devem ser levadas em consideração antes da assinatura do contrato.
 Miguel de Oliveira, conselheiro da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), diz que o imóvel tem custo e tempo de maturação, mas a rentabilidade pode superar a poupança e a renda fixa.

 Simulação feita pelo especialista mostra que, de um ano para cá, os preços dos imóveis subiram 30%, enquanto a renda fixa rendeu algo em torno de 90%da Selic. Ou seja, 9,5% ao ano. "É um bom mercado desde que se saiba escolher o empreendimento." O professor de Finanças da FEA/USP, Luiz Jurandir Simões, lembra que a liquidez dos imóveis é diferente da de outras aplicações. "Não há como entrar e sair rápido", diz.

 Cuidados Simões alerta que todo cuidado é pouco na hora de investir em imóveis. Segundo o professor, o ideal é colocar tudo na conta.
 O imóvel demora para ficar pronto, pode ficar um tempo vazio e o dono tem eventualmente de fazer reformas. "Todo investimento tem risco e a forma de mensurá-los é pensar neles antes de investir."
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 "Enquanto os imóveis renderam 30% de um ano para cá, as aplicações de renda fixa subiram cerca de 9,5%"

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