Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

31/12/2010

Destinação correta maior de resíduos sólidos

CBIC Clipping

31/12/2010 :: Edição 034
Jornal Diário do Comércio – MG/MG|   31/12/2010

Destinação correta maior de resíduos sólidos

LUCIANA SAMPAIO

 Apenas em 2009, segundo uma fonte, foram produzidos 33 milhões de pneus

 Enquanto se prepara para bater novo recorde com a produção de cimento – a estimativa é de 60 milhões de toneladas neste ano, dos quais 25% oriundos de Minas Gerais – o setor cimenteiro nacional que tem abastecido as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do "Minha casa, minha vida" também está disposto a participar mais do processo de destinação correta de resíduos sólidos, via coprocessamento de modalidades de materiais. Da capacidade instalada para 2,5 milhões de toneladas, atualmente, o segmento utiliza apenas 1 milhão de toneladas.

 Um desses produtos é o pneu que, na natureza, demanda 400 anos para se decompor. No autoforno das cimenteiras serve tanto de matéria-prima como de combustível. A borracha é fonte de energia e o arame entra na composição do cimento, economizando, ainda, o consumo minério de ferro. "Houve mudanças no processo de licenciamento no Estado, por meio de uma diretriz normativa que é mais rígida, porém, mais lógica. O setor está em fase de adaptação para acompanhar as prescrições das normas internacionais e, também, do Conama, no Brasil", afirmou o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Mário William Esper.

 Em Minas Gerais, nove das dez fábricas de cimento realizam coprocessamento, sendo que cinco delas já possuem o certificado ISO 14001, e o restante está em processo de certificação, o que indica o alto grau de exigência por parte dos órgãos que fiscalizam a atividade no Estado. Somente em 2008, a indústria mineira de cimento destruiu mais de 8,5 milhões de pneus inservíveis.

 Essencialmente, o processo de licenciamento que era realizado resíduo por resíduo, agora é realizado com base na capacidade do autoforno. "O controle das emissões é on-line   e interligado com o órgão ambiental responsável", explicou. No caso do uso dos pneus, um facilitador do processo é que esse segmento já tem, implantado, um sistema de logística reversa. De acordo com esse programa, para produzir, as fábricas têm que comprovar que dão a destinação correta do produto, após uso.

 Percurso  – Segundo o dirigente, apenas em 2009 foram produzidos 33 milhões de pneus. Enfileirados, eles cobrem o trajeto do Brasil ao Japão. Neste ano, o aquecimento da indústria automotiva deve aumentar esse "percurso". A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos obriga os setores da indústria a adotar a prática da logística reversa em três anos. Os municípios, por sua vez, terão dois anos para colocar em prática a gestão de resíduos e quatro para implementar a coleta seletiva.

 "A indústria pode colaborar mais. No nosso caso, o setor cimenteiro saiu na frente com o coprocessamento e está à disposição para ampliar a sua participação. Não há liberação de gases na atmosfera. O eletrofiltro tem eficiência de 99,999% e o controle dessa operação é muito grande", enfatizou.

 De vilão a herói, o pneu também tem gerado uma nova cadeia produtiva, com novos postos de emprego. No Nordeste, por exemplo, o catador de pneus tem renda mensal de R$ 700 a R$ 800. Em João Pessoa, uma campanha de coleta e destruição de pneus reduziu em 75% os casos de dengue.

"banner"  
"banner"  
"banner"  
"banner"  

 

"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Abril/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon-Oeste/PR
Sinduscon – Grande Florianópolis
APEMEC
Sinduscon-RIO
Sinduscon-Pelotas
Sinduscon Anápolis
Sinduscom-VT
Ademi – DF
Sinduscon-GO
Sinduscon-RN
Sinduscon – Vale do Piranga
Sinduscon-Teresina
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea