
AGÊNCIA CBIC
12/08/2011
Caixa em busca de opções para crédito
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12/08/2011 :: Edição 156 |
Jornal Diário do Nordeste – Online/CE 12/08/2011
Caixa em busca de opções para crédito O banco está à procura de alternativas, além da poupança para continuar com os financiamentos imobiliários no País
Para reagir a um possível esgotamento de sua maior fonte de recursos para crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal estuda alternativas à poupança para o financiamento habitacional.
O presidente da Caixa, Jorge Fontes Hereda, afirmou que o ideal é que a poupança, tradicional fonte de recursos da habitação, não seja a única forma de bancar a compra de imóveis. "Estamos estudando alternativas. Uma delas é um maior mix de LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e poupança", disse. "Se não conseguirmos, os juros vão aumentar", completou.
Líder no empréstimo para aquisição de imóveis no País, com uma fatia de cerca de 75% do mercado, a Caixa teve crescimento de 48,8% em sua carteira habitacional em comparação ao ano passado, de acordo com o resultado trimestral divulgado ontem. Até este mês, o banco já concedeu R$ 45 bilhões em empréstimos e prevê atingir R$ 90 bilhões até o fim do ano – um aumento de 20% em relação a 2010 -, número que foi revisto para cima por conta da alta.
Segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), de janeiro a junho, R$ 37 bilhões do crédito imobiliário vieram da poupança, o que representou 45% da meta ante 40% em 2010.
Minha Casa
A Caixa liberou R$ 12,6 bilhões no Minha Casa Minha Vida 2 neste ano até junho, segundo dados divulgados ontem pelo banco. Ao todo, 550 mil pessoas tomaram financiamento e o programa financiou a construção de 167 mil novas moradias.
Neste 2º semestre, a ênfase será financiar imóveis para o público com faixa de renda até três mínimos, segundo Jorge Hereda. "O programa não parou. Já fizemos 200 mil contratos neste ano", disse, em entrevista à imprensa para apresentar o balanço semestral do banco.
Resultados
O lucro líquido da Caixa atingiu R$ 2,3 bilhões no 1º semestre, com crescimento de 36,4% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado foi influenciado principalmente pelas operações de crédito, que tiveram expansão de 38%, alcançando R$ 205,9 bilhões.
A inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, ficou estável em cerca de 2,1%, abaixo de junho de 2010 (2,3%). No crédito comercial, o percentual fechou o semestre em 3,2%, enquanto no crédito imobiliário foi de 1,7%. As rendas de prestação de serviços (R$ 6,1 bilhões), alta de 23,8%.
Lucro líquido 2,3 bilhões de reais foi o alcançado no 1º semestre deste ano, um crescimento de 36,4% em relação a igual período de 2010.
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