Entulho de prédios demolidos vira matéria-prima para pavimentar ruas

Portal G1/BR – 09/05/2011

entulho de prédios demolidos vira matéria-prima para pavimentar ruas

A prefeitura de São Paulo processa o entulho e o transforma em um material
homogêneo. Ele deixa de ser lixo e se torna um substituto da brita na
pavimentação de vias públicas.

A prefeitura de São Paulo recolhe todos os dias quase 5,5 toneladas de
resíduos da construção civil, e uma pequena parte desse entulho tem agora um
novo destino. Veja na reportagem de Carla Modena.

Oito meses de trabalho colocaram abaixo 50 anos de história. Para preservar
a estrutura do Mercado Municipal, os edifícios São Vito e Mercúrio não foram
implodidos. Demolir foi a solução para tirar de cena o maior cortiço vertical
de São Paulo, um complexo de 27 andares.

A tarefa acaba de ser concluída, e a prefeitura decidiu fazer uma
experiência inédita: reciclar o entulho.

Ainda chegam ao local, em média, 20 caminhões por dia com os restos do
entulho dos dois prédios. O entulho é processado e transformado em um material
homogêneo. Deixa de ser lixo e se torna um substituto da brita na pavimentação
de vias públicas. Você consegue um custo muito mais barato em torno de 30%,
para pavimentar ruas que são de terra, explica o secretário de sub-prefeituras
de São Paulo, Ronaldo Camargo.

Até agora, a experiência está restrita à demolição dos dois prédios, mas há
potencial para muito mais. São Paulo gera 2 milhões de toneladas de resíduos da
construção civil por ano, o que representa 31 edifícios São Vito e Mercúrio
juntos. Hoje, sem reaproveitamento, os entulhos vão parar nos aterros.

Nós estamos aqui tentando mudar essa situação, criando um modelo em que
parte importante desse material
não vá para os aterros, que ele retorne para o processo da construção civil,
aponta o secretario municipal de Serviços de São Paulo, Dráusio Barreto.