Entidade quer alta de teto para financiamento habitacional

Zero Hora

Entidade quer alta de teto para financiamento habitacional

CASA PRÓPRIA A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) vai entregar um estudo a Banco Central, Ministério da Fazenda e do Planejamento com argumentos para pedir o aumento do limite do valor dos imóveis que serão financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de R$ 750 mil (em algumas capitais) para, pelo menos, R$ 1 milhão.

O documento também incluirá um pedido para que o governo mantenha a isenção das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e, consequentemente, para as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

O aumento do limite do SFH beneficia a todo mundo. As empresas poderão desovar seus estoques e os consumidores contarão com taxas de juros menores (fora do SFH, os bancos têm liberdade para definir os juros nos financiamentos, enquanto que no sistema são obrigados e respeitar um teto)   explicou o presidente da entidade Octavio de Lazari Junior.

A última elevação no teto do preço dos imóveis que podem ser financiados pelo SFH ocorreu em outubro de 2013. Na ocasião, o governo aumentou o limite de R$ 500 mil (antes, em todas as regiões) para R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Nos demais Estados o teto foi para R$ 650 mil.

TRIMESTRE PODE SER DE RETRAÇÃO AO CRÉDITO 

 Lazari Junior lembrou ainda que, com os resgates superando os depósitos na poupança, o saldo existente será suficiente para fazer frente ao crédito imobiliário por apenas mais um ano. Isso reforçaria a necessidade de outros instrumentos de captação para os bancos.

O primeiro trimestre de 2015 deve ser de retração para o crédito imobiliário no Brasil, de acordo com o presidente da associação. Embora os números do período ainda não estejam fechados, ele lembrou que, nos três primeiros meses deste ano, houve retração de 8% frente ao mesmo intervalo do ano passado.

A Abecip espera que o crédito imobiliário cresça 5% em 2015 ante o ano passado, alcançando a casa dos R$ 119 bilhões.