
AGÊNCIA CBIC
24/10/2011
Ensino técnico em expansão
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24/10/2011:: Edição 203 |
Jornal Correio Braziliense/BR 23/10/2011
Ensino técnico em expansão EDUCAÇÃO
Senado aprova projeto que aumenta o número de vagas para o segmento. Agora, só falta a sanção da presidente Dilma Rousseff
Para alguns graduados, faltam vagas no mercado de trabalho. Para aqueles que concluem cursos técnicos, sobram oportunidades de emprego. Além da rápida absorção no mundo profissional, o estudante conta com aulas mais práticas e rápidas que podem garantir, dependendo da área, do nível de especialização e da região metropolitana, salários de até R$ 4 mil. Por essas e outras, o ensino técnico cresce cada vez mais no Brasil.
Quem se interessa por esse tipo de formação tem mais um motivo para comemorar. O plenário do Senado aprovou, na última terça-feira, projeto de lei que prevê a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). Trata-se de uma iniciativa do governo federal para aumentar o número de vagas na educação profissional brasileira. A lei ainda aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff.
A meta é beneficiar 8 milhões de brasileiros até 2014. Todos os envolvidos – do governo a ONGs e empresas vinculadas ao círculo empresarial – prometem se esforçar, realizando projetos, ações e programas para dar assistência financeira e técnica. Um exemplo disso é o Programa Brasil Profissionalizado, que está incluído nas ações do Pronatec. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a iniciativa já resultou em convênios de até R$ 1,5 bilhão para a construção de 180 escolas técnicas estaduais, e para reformar outras 500 unidades.
O professor Aléssio Trindade, diretor de desenvolvimento da área de educação profissional e técnica do MEC, conta por que o Brasil passa por momento de crescimento e de expansão produtiva. "Precisamos muito desses profissionais. O setor de construção civil, por exemplo, aqui em Brasília, tem que importar técnicos em edificação de outras capitais", afirma. "Os especialistas em comunicação e informação também serão muito demandados, sobretudo nas cidades sedes da Copa", completa.
Trindade explica, ainda, que houve grande evolução desse tipo de ensino no Brasil nos últimos anos. Com formação mais ampla, eles permitem que estudantes criem empresa própria, façam outros cursos ou trabalhem como técnicos. Ele próprio é um exemplo dessa gama de oportunidades que as turmas técnicas oferecem. "Eu saí da Paraíba e sou formado em eletrotécnica", lembra.
O jovem Régio Sousa, 26 anos, soube fazer bom uso do diploma em técnico de programação. "Na época, era uma área muito promissora, por isso quis me especializar. A faculdade era muito cara e de difícil ingresso", conta. "Foi ótimo, uma porta de entrada para várias oportunidades. Logo que saí, consegui vagas no mercado de trabalho", lembra ele, que optou por dar continuação nos estudos e se formou em engenharia de redes e computadores. Hoje, Régio trabalha como arquiteto de sistemas e como consultor para um organismo internacional.
Maurício Motta, vice-diretor do Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica), a principal escola técnica do Rio de Janeiro, conta que as áreas mais requisitadas lá são as navais e as relacionadas ao petróleo. Um técnico com experiência e diploma de vários cursos nesse ramo pode, segundo ele, ganhar até R$ 4 mil no Rio. "Quem fizer um curso nosso já chega ao mercado com muita vantagem", ressalta ele.
Indo além
Quer saber um pouco mais sobre esse tipo de ensino? E onde estudar? Leia o suplemento especial Escolha a escola do seu filho, que será publicado no Correio Braziliense na próxima sexta-feira, dia 28. Nele, será mostrado também como alguns profissionais, com apenas o curso técnico, se tornaram exemplos no mercado.
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