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AGÊNCIA CBIC

09/04/2025

ENIC discute soluções sustentáveis para a construção com foco na COP 30

Sustentabilidade já é uma realidade crescente na indústria da construção, pela adoção de práticas como o uso de materiais reutilizáveis, eficiência energética, circularidade e soluções biodiversas. Esse cenário e as perspectivas para o setor foram discutidos nesta quarta-feira (9), no painel COP 30 e os Impactos na Construção: caminhos sustentáveis para o futuro, no segundo dia do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e que ocorre em conjunto com a Feicon, na São Paulo Expo, até o dia 11 de abril. Especialistas internacionais e nacionais garantiram que essas medidas devem ser prioritárias na indústria nos próximos anos.

“A sustentabilidade é um assunto que preocupa todo mundo. É preciso fazermos as nossas contribuições como setor que move outros setores e que representa 8% do PIB [Produto Interno Bruto] do país”, afirmou Renato Correia, presidente da CBIC. “Precisamos olhar para esses impactos e entender quais os caminhos sustentáveis precisamos perseguir na construção para reparação e adaptação aos danos derivados das mudanças climáticas”, apontou Nilson Sarti, vice-presidente de Sustentabilidade da CBIC.

Em linha com esse pensamento, Thelma Krug, cientista do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), ressaltou que o setor da construção precisa estar atento aos efeitos das mudanças climáticas – como as chuvas intensas, enchentes e ondas de calor – pois são desafios diretos à infraestrutura urbana e exigem projetos mais resilientes, sustentáveis e alinhados às metas climáticas globais. Por isso, ela destacou a importância de o setor estar engajado para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em Belém (PA) no mês de novembro de 2025, tendo como objetivo principal é limitar o aumento da temperatura global e, por consequência, a frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos.

“Edifícios são construídos para durar muito tempo e certamente vão enfrentar desafios com os impactos da mudança do clima, seja na infraestrutura ou na degradação do material como o aço e o concreto. O grande desafio seria encontrar essas soluções e tecnologias para mitigar esse problema”, apontou Krug.

O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON, apoio do Sistema Indústria e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio oficial da Caixa Econômica Federal e Governo Federal, além do patrocínio da Saint-Gobain, no Hub de Sustentabilidade e Naming Room de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Também são patrocinadores do ENIC: Itacer; Senior; Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – Abividro, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati, Anfacer, Sienge, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU/SP; Multiplan; Brain; COFECI-CRECI; CIMI360; Esaf; One; Agilean; Exxata; Falconi, Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Unebim, Zigurat; Yazo.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, relatou os esforços que os entes público e privado têm envidado na preparação da COP-30, bem como a importância do evento para a Amazônia, para o país e para o mundo – incluindo a indústria da construção. “Viemos liberar uma agenda que é do futuro, mas o futuro não pode esperar mais. O futuro é agora, não temos condições de adiarmos essa discussão”, provocou.

Boas práticas da indústria da construção – Pensar não apenas nas construções, mas em todo o ambiente que cerca as edificações é essencial, segundo o especialista britânico Chris Trott, sócio e chefe de política de sustentabilidade da Foster + Partners, empresa de arquitetura reconhecida mundialmente e sediada em Londres, na Inglaterra. “É importante incorporar a circularidade aos projetos, utilizando materiais locais e reaproveitados, reduzindo ao máximo o consumo de recursos naturais. Precisamos olhar com mais atenção para onde construímos e ver os ganhos de biodiversidade, fazer com que aquela região fique melhor do que estava quando nós chegamos”, explicou.

O setor da construção é responsável por 40% das emissões totais de carbono, segundo Javier Gimeno, senior Group VP & CEO Latin America da Saint-Gobain, e isso precisa ser transformado. “Vivemos um momento decisivo de escassez dos recursos naturais e de novas exigências de saúde e bem. Isso coloca o setor no centro das atenções, não só do problema. No entanto, somos parte essencial da solução”, afirmou o responsável pela companhia que está em mais de 76 países e é líder mundial no setor.

A construção sustentável não é uma utopia, é uma realidade que devemos construir coletivamente”, destacou Javier. Ele apresentou dois focos prioritários para o setor no Brasil: a eletrificação dos processos industriais, substituindo o gás natural por biometano ou biomassa; e a circularidade, com a industrialização da cadeia de coleta de insumos recicláveis, ainda marcada pela informalidade.

Nessa mesma linha, os debatedores lembraram o papel das empresas no futuro do clima. “O setor privado brasileiro entendeu seu papel nas mudanças climáticas. Precisamos pensar na Amazônia, em novas soluções, e entender que é possível investir em infraestrutura responsável e sustentável”, apontou Marcelo Thomé Presidente do Instituto Amazônia + 21. O órgão faz uma ponte entre o setor industrial amazônico e projetos de sustentabilidade. A região é responsável por 15% da biodiversidade global e de suma importância para o cenário mundial.

O tema do painel tem interface com o projeto ‘Descarbonização e Integração aos Compromissos da COP 30’, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

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