
AGÊNCIA CBIC
28/11/2011
Vida de peoa
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28/11/2011 :: Edição 225 |
Jornal O Globo/BR 27/11/2011
Vida de peoa Setor aquecido e falta de pessoal injetam cada vez mais mulheres nos canteiros de obra
Todo dia, elas fazem tudo igual. Acordam bem antes das 6h da manhã. Deixam para trás, ainda na cama, maridos, filhos e pais, e se preparam para encarar mais um batente, erguendo paredes, preparando fôrmas de madeira, colocando pisos, revestimentos, acabamentos, supervisionando e comandando batalhões de homens. Para essas mulheres, não há piadinhas ou cantadas em frente aos canteiros de obras. Mas muito trabalho pesado lá dentro.
Atraídas pela vasta oferta de empregos – só no Estado do Rio, o déficit de operários estaria em torno dos 30 mil -, por salários melhores e pela oportunidade de crescimento, elas estão vestindo macacão e botas e assumindo as mais diversas funções nos canteiros, da limpeza à gerência. E há mulheres pedreiras, carpinteiras, operadoras de máquinas, técnicas de segurança – profissões antes tipicamente masculinas.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2010 as mulheres já somavam mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada no país, quase o dobro do registrado em 2006, e 8% do total da construção civil. De janeiro a setembro deste ano, foram contratadas outras 24.904. E ainda há vagas.
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