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01/04/2014

Setor Imobiliário Redução de tempo de obra pode ser de 20% com custos até 15% menores

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01/04/2014

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Setor Imobiliário Redução de tempo de obra pode ser de 20% com custos até 15% menores

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A busca por otimizar os canteiros de obras vem sendo discutido entre todas as empresas de construção. Grandes, médias e pequenas se armam de estratégias que visem diminuir os custos do empreendimento e acelerar o tempo demandado para obra. Entre analistas e empresários, a aposta para atingir essas metas está na capacitação e motivação dos trabalhadores. A perspectiva, é que profissionais com melhores condições de trabalho e mais capacitados reduzam entre 10% e 15% o custo da obra e otimize, em 20%, o tempo da construção.

"O empreendimento, seja ele comercial ou residencial, só acontece em função dos profissionais da obra. Mas é preciso se adequar a realidade desses trabalhadores que, pela ampla oferta de emprego, tendem a deixar os canteiros antes do tempo em busca de salários maiores", diz Zélia Santos, professora de macro economia e direito do trabalho da Universidade São Paulo (USP).

Segundo a acadêmica, cerca de 30% dos pedreiros de pequenas e médias empresas abandonam o canteiro de obra antes da finalização. "Eles não possuem contrato, às vezes são submetidos a condições adversas de trabalho e não vislumbram um futuro na profissão, por isso a facilidade em trocar de patrão", disse ela, lembrando que, para reverter esses dados, a saída é capacitação.

"Quando você capacita um profissional da área, você faz com que ele reduza o desperdício de material de construção, garante contratos mais longos – evitando gastos com novas contratações – e ainda consegue melhorar sua imagem enquanto empresa responsável", disse ela.

Essa foi uma das apostas da construtora mineira Esperança. O presidente empresa, José Carlos Romano, iniciou um trabalho junto ao Sebrae para conseguir ações que otimizassem as obras e diminuíssem o número de problemas com pedreiros e mestre de obras. "Em 2011 tomamos mais de cinco processos judiciais de ex-funcionários e quase fomos à falência", explicou ele ao DCI.

Há dois anos trabalhando com contratos que garantem mais direitos ao trabalhador, o empresário já sentiu redução de 10% nos custos da obra e 20% na rotatividade de profissionais. "Fizemos ações simples, e que não eram caras: oferecemos cursos de profissionalização firmados com o Sebrae, garantimos os benefícios e criamos planos de carreira".

Quem também apostou na diversificação do trabalho para garantir funcionários foi a RS Construtora. Com mais de 50 anos no mercado de Porto Alegre, a empresa começou, em 2010, a investir na contratação de mulheres. "Em 2010, o mercado de trabalho para construção estava muito acirrado. Não havia mais pedreiros disponíveis, foi então que começamos a capacitar mulheres", disse Ronaldo Gastão, diretor de novos negócios da empresa.

Segundo ele, em quatro anos, foram formadas 120 mulheres dentro da própria empresa. "Isso facilitou bastante nossas obras. Treinados, os funcionários entendem melhor nossa filosofia e conseguem render mais", disse.

E com a escassez da mão de obra surgiu um novo perfil. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2010 havia no País mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada, o que representa cerca de 8% dos profissionais do setor. "Esse número deve ter subido para 10% ano passado. Ainda é pouco e ainda há espaço", disse Zélia.

Para incentivar a capacitação no segmento, a cidade de Sorocaba, no interior paulista, está prestes a inaugurar a Escola da Construção Civil. É um convênio entre o município e o estado e o curso terá a duração de dois meses. No período serão oferecidos cursos na modalidade assentador de pisos e azulejos ou encanador e pedreiro. Não é necessário ter escolaridade mínima, nem conhecimento técnico. Os cursos contemplarão aulas teóricas e práticas, com espaços que reproduzem os ambientes de trabalho e, por meio de simulações.

De olho nesse mercado de profissionalização, o Instituto da Construção (IC) também cresce. Com 75 unidades, a empresa oferece cursos com duração de até 15 meses. Em São Paulo, no bairro do Campo Limpo, cerca de 1.500 pessoas estão em salas de aula, sendo capacitadas para cargos como mestre de obras, revestidor, eletricista instalador, entre outras funções. A expectativa dos sócios do Instituto da Construção do Campo Limpo, Leandro Malluf e Felipe Pugliesi, é que, somente na unidade, cerca de mil profissionais formados entrem no mercado até o final deste semestre em São Paulo.

Segundo o Malluf, 50% das pessoas que procuram o Instituto da Construção já atuam no setor, mas almejam promoções. "Por exemplo, o pedreiro quer ser mestre de obras e assim ter um salário maior", explica. "Já os outros 50% são pessoas de outras áreas, algumas completamente distintas da construção civil, que estão interessadas nos cursos porque o mercado paga muito bem. O salário de um mestre de obras pode chegar a R$ 12 mil", completa.

Atualmente, a cidade de São Paulo conta com seis unidades nos bairros Lapa, Santana, Itaquera, Tatuapé e Vila Madalena. Já o estado tem mais 20 franquias em cidades como Americana, São José dos Campos, Sorocaba. "Este ano esperamos dobrar o número de alunos, o que é bom para nós, mas também é bom para o mercado, que receberá, em breve, profissionais mais capacitados", disse Malluf, lembrando que a perspectiva de alta no número de alunos deve ser registrada em outras unidades da rede.

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