Jornal Brasil Econômico/BR – 04/05/2011
ritmo da construção civil estabiliza
O crescimento da construção civil
diminui em relação ao ano passado, porém é considerado estável, segundo
pesquisa da Confederação Nacional da
Indústria
Priscilla Arroyo – [email protected]
O ritmo de crescimento da Construção
Civil estabilizou em todas as áreas do setor – construção de edifícios,
obras de infraestrutura e serviços especializados – no primeiro trimestre de
2011, sobre o mesmo período do ano anterior. O resultado contrasta com o
desempenho de 2010, quando a atividade cresceu em praticamente todos os meses,
segundo relatório da Sondagem da Construção
Civil feito pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
Entre os fatores que contribuíram para esse resultado está a piora na
situação financeira das empresas. Segundo a CNI, a sondagem aponta que a margem
de lucro operacional foi insatisfatória no primeiro trimestre. Além disso, as
empresas de pequeno e médio porte que, em março, registraram queda na atividade,
estão tendo que lidar com a dificuldade de acesso ao crédito. "Com a
instabilidade econômica, o agente financeiro fica mais rígido no momento de
fornecer crédito, o que atinge mais as pequenas e médias empresas, que oferecem
menos garantia subsidiária para conseguir empréstimos", diz Paulo Safady Simão, Presidente da Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC).
Outros problemas enfrentados pela construção
civil são o alto custo de matéria-prima e a falta de trabalhadores
qualificados, o que causa atraso na entrega das obras. Os empresários têm
dificuldade em capacitar, principalmente em razão da entrada da tecnologia no
setor.
Expectativa
O crescimento expressivo da construção
civil em 2010 estabeleceu uma base de comparação extremamente elevada já
desde o mês de janeiro. Em 2011, será difícil conseguir superar as taxas de
expansão do crédito e do volume de negócios alcançados pelo setor no ano
passado. "O Minha Casa, Minha Vida
e o crescimento da classe média aqueceram o mercado. A construção de edifícios
nunca teve um crescimento tão bom quanto em 2010", afirmou Renato da
Fonseca, gerente executivo da unidade de pesquisa da CNI.
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