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AGÊNCIA CBIC

13/04/2011

Renda e qualificação

13/04/2011 :: Edição 077

Jornal Brasil Econômico/BR – 13/04/2011
renda e qualificação

Cláudio Conz

Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)

De grande relevância é o estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV)
sobre a carência de mão-de-obra na construção
civil
. De acordo coma pesquisa, o salário baixo e a condição geralmente
precária de trabalho estão desestimulando os jovens a procurarem emprego na construção civil. A renda média do
trabalhador foi de R$ 933,24 em2009, 14,7%menor do que a renda dos empregados
em outros setores, que é de R$ 1.094,27.

Para alguns especialistas, as empresas terão de melhorar os salários para
atrair o trabalhador. Apontar como razão para a falta de candidatos os baixos
salários é verdade, mas é baixo para quem? De qual ponto de vista estamos
olhando? A presidenta Dilma tem realçado o seu compromisso à exaustão para
erradicação da miséria dos nossos 17 milhões de brasileiros que ainda vivem
abaixo da linha de pobreza.

Para eles, estes salários "baixos" os transformariam em classe C
pela classificação de renda.

Temos de lembrar sempre que a construção
civil
, entre os diversos setores da economia, é a maior qualificadora de
mão-de-obra não qualificada.

Basta ver o aproveitamento que se está dando, em um trabalho coordenado pelo
Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social
(CDES) para a
mão-de-obra excedente do corte da cana-de-açúcar, gerada pela modernização do
sistema. Estima-se que apenas 10% da força de trabalho estará ativa nesta mesma
atividade nos próximos 5 anos; então temos trabalhado para seu aproveitamento
na construção civil. Os
resultados da migração destes trabalhadores para o nosso setor têm sido muito
positivos. Eles tiveram um salto considerável em sua remuneração, além de
melhoria nas condições de trabalho e nos benefícios e oportunidades em geral.

Mas isso não é tudo. A Câmara Brasileira da Construção (CBC) tem mostrado a
forte entrada das mulheres no canteiro de obras, com enormes ganhos de
qualidade no trabalho. Para elas,muitas vezes oriundas da área de serviços
gerais e na informalidade, este emprego com carteira assinada e suas
perspectivas estão transformando a vida destas pessoas.

Segundo alguns números oficiais, temos mais de 7 milhões de pessoas
recebendo o seguro-desemprego e mais outros 11 milhões recebendo o Bolsa Família, uma vez que
tecnicamente estes números não podem ser somados. E o setor com a maior
oportunidade de qualificar mão de obra não qualificada está com dificuldades
por oferecer salários iniciais equivalentes a 2 salários mínimos.

Nosso setor tem realizado algumas iniciativas no sentido da qualificação
profissional. Um deles é um programa que a Anamaco tem apoiado desde seu
início, com o sugestivo nome de Doutores da Construção, que já treinou 54.385
profissionais, entre pedreiros, instaladores hidráulicos e pintores e outros.

Só em 2010, foram treinados 11.342 novos profissionais, promovendo uma
efetiva melhoria de renda e sem qualquer recurso governamental (FAT, Sebrae,
etc). Este é um modelo eficaz.


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