OIT: economia verde pode gerar até 60 milhões de novos empregos

Relatório da Iniciativa Empregos Verdes – uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e a Confederação Sindical Internacional (CSI) divulgado ontem, dia 30, revela que pelo menos metade da força de trabalho mundial – o equivalente a 1,5 bilhão de pessoas – será afetada pela transição para uma economia verde e alguns setores devem ser os mais afetados: agricultura, silvicultura, pesca, energia, indústria manufatureira, reciclagem, construção e transporte.

Os empregos decorrentes da "ecologização" da economia já vêm sendo criados, segundo o estudo. No Brasil, teriam sido criados cerca de três milhões, respondendo por cerca de 7% do emprego formal.

O estudo cita como exemplo a formalização e organização de entre 15 e 20 milhões de catadores informais na Colômbia, no Brasil e em outros países. Um dos destaques em potencial de empregabilidade, diz o relatório, é o setor de energia renovável, que já emprega cerca de 5 milhões de trabalhadores, mais do que o dobro do número de empregos entre 2006 e 2010.

Outra fonte de "empregos verdes" é a área de eficiência energética, particularmente na indústria da construção.

A expectativa da OIT é de que a Conferência Rio +20 das Nações Unidas seja um momento decisivo para garantir que o trabalho decente e a inclusão social sejam partes integrantes de qualquer estratégia de desenvolvimento futuro.

O relatório defende que é preciso desenvolver políticas adequadas para produzir os empregos indicados.

As frentes são variadas: promover e implementar processos de produção sustentáveis ao nível das empresas, especialmente entre as pequeno e médias empresas; estender a proteção social com programas de suplementação de renda e medidas de capacitação profissional; respeitar e ter como base as normas internacionais do trabalho e dos direitos dos trabalhadores.

Fonte: G1