
AGÊNCIA CBIC
24/01/2012
Governo quer usar Minha Casa, Minha Vida e PAC para puxar PIB
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24/01/2012 :: Edição 252 |
Jornal Brasil Econômico/BR 24/01/2012
Governo quer usar Minha Casa, Minha Vida e PAC para puxar PIB
O governo quer usar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida para impulsionar a taxa de investimento do país para 24% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014. Segundo fontes do Palácio do Planalto, por esse mesmo motivo os dois programas não devem sofrer com os cortes orçamentários que estão em análise a serem anunciados até fevereiro. Os dois cumprirão uma função primordial neste ano, já que a equipe econômica busca crescimento de 4,5%. Mas os outros investimentos públicos não escaparão da tesoura. Sem isso, não será possível cumprir a meta fiscal para o ano.
Em reunião com outros membros da equipe econômica e a presidente Dilma Rousseff, ocorrida no sábado passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2011 saíram dos cofres públicos R$ 37 bilhões destinados ao MCMV, incluindo os restos a pagar. Neste ano, o ministro prevê desembolsos da ordem de R$ 41,3 bilhões. Se todo o planejado for executado, Mantega estima que, entre 2009 e 2014, os recursos públicos ao programa somarão R$ 180 bilhões.
Nesse sentido, os representantes dos bancos públicos – Caixa, Banco do Brasil e BNDES, que também participaram do encontro no final de semana- foram cobrados a ter uma postura mais enfática na concessão dos empréstimos.
Mantega apresentou ao grupo sua estimativa de que a taxa de investimento deve ter fechado 2011 em 19,5% do PIB.
Ontem, na primeira reunião ministerial do ano e a segunda do governo Dilma, Mantega afirmou que o Brasil deve ser um dos poucos países a crescerem 2012 mais do que no ano anterior.
Para isso, tem como base os investimentos desses programas, a confiança de que o mercado doméstico responderá positivamente às ações de incentivo de 2011, e uma pequena melhora das condições internacionais.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, segundo fontes do Palácio, vê um cenário internacional um pouco melhor: disse que a aversão ao risco diminuiu agora no começo do ano, há um ambiente menos inflacionário e os EUA devem apresentar recuperação moderada, na casa dos 2%. Os gastos, sejam em investimentos ou custeio, virão acompanhados de medidas mais rígidas para evitar desvios de dinheiro público. A presidente Dilma Rousseff determinou um prazo de seis meses para que cada ministério monte um modelo próprio de acompanhamento online – e se possível em tempo real – de todos os programas tocados.
A idéia é que os ministérios possam ser cobrados de forma mais ágil por conta de qualquer problema no andamento dessas ações. A fiscalização ficará sob a responsabilidade direta da Casa Civil. Simone Cavalcante e Ruy Barata Netto
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Representantes dos bancos públicos, que também participaram do encontro no fim de semana com Dilma, foram cobrados a ter uma postura enfática na concessão de empréstimos.
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