AGÊNCIA CBIC
Financiamento de imóveis desacelera
04/12/2014 |
DCI – Comércio, Indústria e Serviços Financiamento de imóveis desacelera – Os financiamentos imobiliários realizados no País este ano deverão chegar ao fim do ano com um crescimento pouco acima de 5,0% em relação ao ano passado. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior. O resultado é menor do que o previsto inicialmente pela associação, que anunciou no começo de 2014 a expectativa de uma alta na faixa de 15% no acumulado ano. Por outro lado, o volume de financiamentos baterá o recorde de 2013, quando totalizaram R$ 109,2 bilhões. Segundo Lazari, o crescimento abaixo do previsto neste ano resulta do baixo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do País, influenciado também pelo elevado grau de disputa na corrida eleitoral para a Presidência da República, que deixou empresários e consumidores inseguros em relação aos rumos da economia brasileira. "Com todos os percalços, ainda será um ano bom, poderoso", disse Lazari, em entrevista durante evento sobre perspectivas para o mercado imobiliário, realizado ontem. "O PIB baixo atrapalhou, principalmente para as empresas fazerem os seus investimentos", disse. "E as eleições foram muito acirradas", completou. Entre janeiro e outubro, o volume de empréstimos no País chegou a R$ 93,2 bilhões, montante 5,1% superior ao registrado nos mesmos meses de 2013, segundo dados da Abecip. Os financiamentos destinados à aquisição de imóveis nesse período subiram 7,3%, e os destinados à construção de imóveis caíram 0,3%. Os números consideram apenas os financiamentos bancários com recursos provenientes das cadernetas de poupança. Pelas regras do Banco Central, 65% do saldo do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) deve ser direcionado pelos bancos para o crédito imobiliário. Para 2015, Lazari disse esperar aceleração do crescimento do crédito imobiliário, com um avanço maior do que os 5,0% de 2014. O presidente da Abecip espera que o crédito destinado aos compradores de imóveis continue puxando a expansão do setor. "O volume de entrega de obras será um pouco menor, mas ainda muito significativo", afirma. /Estadão Conteúdo |
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