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AGÊNCIA CBIC

29/06/2011

Construção passa por reestruturação

"Cbic"
29/06/2011 :: Edição 128

Jornal Diário do Comércio – MG/MG- 29/06/2011

Construção passa por reestruturação

Em busca de expansão no mercado, o setor em Minas experimenta processos de fusões e aquisições.

 MARA BIANCHETTI .

 ANTÔNIO CRUZ/ABR

 Paulo Safady Simão: há necessidade de inovação tecnológica na construção

 Visando ampliar as vantagens competitivas, bem como expandir os mercados de atuação, empresas da construção civil e pesada de Minas Gerais estão realizando fusões e aquisições. De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, esta reestruturação vem sendo observada no país nos últimos cinco anos e já tem gerado resultados positivos para a indústria da construção.

 Segundo o presidente, com o desempenho e amadurecimento da economia nacional, é normal que as empresas busquem essas modificações. "Com as mudanças no mercado interno e desenvolvimento do setor de construção, as empresas começam a se destacar, a crescer e desejam realizar investimentos nas mais diversas áreas, inclusive em setores que possam agregar valor à sua produção", explicou.

 Simão destacou também os aportes vindos de fora do país e as companhias que optam pela oferta pública inicial de ações (IPO) na bolsa de valores. Conforme ele, este é o momento ideal tanto para as empresas que desejam investir quanto para aquelas que buscam receber inversões.

 "Com o advento da globalização mundial, faz parte do desenvolvimento de qualquer nação essa interligação com outros países e não seria diferente no Brasil. Além disso, as empresas que têm optado por esse tipo de atuação, já estão colhendo os frutos, com maior volume de negócios e resultados mais rentáveis", argumentou.

 No entanto, o presidente da Cbic alertou que é preciso ter cuidado e prudência na hora de iniciar uma sociedade, avaliando não só os projetos, mas também o histórico do parceiro e as características que o contrato poderá agregar ao negócio, como inovações tecnológicas e ações de sustentabilidade. "Hoje, além do capital, uma fusão precisa somar também no que se refere ao know-how”, destacou.

 Alternativa – Já na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum, a prática de fusões e aquisições não reflete uma tendência para o mercado e trata-se somente de mais uma possibilidade de atuação no setor. Conforme ele, com o bom desempenho da indústria da construção nos últimos anos e o aquecimento do mercado interno, é natural que empresas internacionais se interessem pelo setor e que as construtoras busquem se expandir.

 "São sempre empresas pequenas que buscam se associar a empresas maiores, que façam uso de seus serviços, ou companhias estrangeiras que estão capitalizadas e desejam investir em um segmento rentável, como é o caso hoje da construção. O lado bom disso tudo é que comprova, mais uma vez, o bom desempenho do setor", observou.

 Salum ressaltou também que é preciso ter cautela na hora de fechar um negócio desse porte. Segundo ele, uma fusão ou aquisição pode transformar completamente as bases estruturais de uma empresa. "Por isso, não se pode deixar levar somente pelo capital a ser investido.   preciso avaliar a fundo o novo parceiro, levando em considerações não só as características financeiras, mas também o perfil e o histórico empresarial e as políticas de atuação", lembrou.

 Em Minas Gerais, entre os casos de sucessos gerados a partir de fusões/aquisições estão o Grupo Aterpa, que controla a M. Martins e a Sonel; a Masb, incorporadora e construtora de imóveis que foi criada em 2007 com a fusão da Metro Participações Imobiliárias, Alicerce Empreendimentos e Santa Bárbara Desenvolvimento Imobiliário; e a Marca Brasil Construtora, fundada em 1998, a partir das Construtoras Egípcia e Kairos.


"Cbic"

 

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