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AGÊNCIA CBIC

07/01/2011

Construção civil deve manter ritmo aquecido em 2011

 

07/01/2011 :: Edição 039

Jornal Diário do Comércio/MG|  07/01/2011
Construção civil deve manter ritmo aquecido em 2011

Déficit habitacional do país garante crescimento

 MARA BIANCHETTI. 
 CRISTIANE ARAÚJO

 Jackson Câmara: expansão de 75% nos lançamentos da Construtora Agmar

 Independente de as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2011, na casa de 5%, serem inferiores ao patamar de 7,5% de 2010, o segmento de construção civil no Estado continuará aquecido ao longo do exercício. A avaliação foi feita por representantes de construtoras mineiras, que atribuem a manutenção do desempenho positivo principalmente ao déficit habitacional existente em todo o país. Conforme eles, para acompanhar o aumento da demanda, o número de lançamentos será até 150% maior do que o registrado no ano passado.

 A Conartes Engenharia e Edificações Ltda, sediada na região Centro-Sul da capital mineira, pretende lançar pelo menos três empreendimentos de alto padrão neste ano, sendo dois em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e um na Capital. De acordo com o coordenador de Marketing da empresa, Thiago Xavier, o número representa um aumento de 50% sobre os novos empreendimentos de 2010, quando houve apenas dois lançamentos.

 "Como atuamos no segmento de alto luxo, nossos lançamentos acabam sendo em menor quantidade. No entanto, o alto valor agregado das unidades garante a rentabilidade do negócio, juntamente com a consolidação da marca", justificou.

 Segundo ele, o aumento nos aportes referentes aos lançamentos da Conartes está relacionado à aposta na continuidade do aquecimento do setor de construção civil no Estado, juntamente às perspectivas de investimentos no segmento, em função dos megaeventos esportivos que o país receberá nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

 Diante disso, as expectativas de Xavier para o exercício são positivas. Segundo ele, é esperado um aumento nas vendas das unidades da mesma ordem do registrado em 2010, quando houve um crescimento de 30% sobre as realizadas em 2009. "Nossa política será a mesma do ano anterior. Manteremos os aportes, lançaremos novos empreendimentos e daremos continuidade à participação no mercado imobiliário de São Paulo", explicou.

 O primeiro lançamento da construtora no mercado paulista aconteceu em meados do exercício passado e de acordo com o coordenador de Marketing, as vendas na planta superaram as expectativas da direção da empresa, já tendo sido totalmente esgotadas. A previsão é de que o trabalho seja entregue no início de 2013. Trata-se de um edifício residencial de alto luxo com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 40 milhões, situado na região dos Jardins, zona Sul de São Paulo.

 O número de lançamentos da Construtora Agmar, localizada no bairro Funcionários, também na região Centro-Sul de Belo Horizonte, previstos para 2011 também está maior. Conforme o diretor comercial da empresa, Jackson Câmara, a estimativa é que sete empreendimentos sejam lançados até o fim do exercício. Isso significa um aumento de 75% em relação ao ano passado, quando apenas quatro foram lançados.

 Segundo Câmara, do total de empreendimentos, cinco serão lançados até o fim do primeiro semestre de 2011 e os outros dois na segunda metade do ano. "Já estamos com os trabalhos a todo vapor, providenciando toda a documentação necessária, de forma que consigamos efetuar os lançamentos dentro do prazo previsto", afirmou.

 Nova lei  – O diretor comercial da Agmar disse que o resultado de vendas em 2010 ficou praticamente estável em relação ao de 2009. De acordo com ele, o principal motivo da estagnação foi o baixo índice de lançamentos provocado, sobretudo, pela nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que reduziu a área aproveitável dos lotes e encareceu a construção dos imóveis na Capital. Já para este exercício, ele aposta em um incremento de pelo menos 40% em relação ao resultado da comercialização de unidades registrado no ano passado.

 A Talent Construtora, com sede no bairro Funcionários, também na região Centro-Sul da Capital, vai aumentar seus lançamentos em 2011 em 150% na comparação com 2010. Apesar de não revelar quantos empreendimentos serão lançados ao longo do exercício, o diretor financeiro da construtora, Lucas Baeta, informou que além de unidades habitacionais, a empresa vai investir em hotéis e centros comerciais.

 "Nosso objetivo é aproveitar os aportes que os governos federal e estadual irão realizar em função da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Acompanhando a tendência, iremos focar parte de nossas atenções também para estes eventos", explicou.

 Conforme Baeta, outro fator que foi levado em consideração para o aumento das inversões em lançamentos foi o déficit habitacional do país. "Nesse sentido, a Capital e RMBH têm sido bastante beneficiadas, com os investimentos realizados no Vetor Norte da cidade e em Confins (RMBH)", observou.

 Já a Oriens Gestão e Empreendimentos Ltda, localizada no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, pretende lançar oito empreendimento até o final de 2011. Conforme o sócio-diretor da empresa, Luis Carlos de Melo Marques, o volume é 42,8% abaixo do número de lançamentos efetuados em 2010, quando 14 empreendimentos foram lançados.

 Mão de obra  – Segundo Marques, a queda está relacionada a uma série de fatores, entre eles, a falta de mão de obra disponível no segmento. Conforme ele, o fato de o Estado estar investindo em infraestrutura para os eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos, ao mesmo tempo em que os grandes grupos têm investido na construção de hotéis, pelo mesmo motivo, tem agravado ainda mais a situação, já que os profissionais tendem a migrar para estes projetos.

 "Devido à urgência e à necessidade dessas construções, os salários acabam sendo maiores. Nesse sentido, as construtoras que não atuam nesses segmentos ficando desfalcadas, uma vez que não conseguem cobrir a oferta para manter os funcionários. Assim, como no nosso caso, é preferível dar uma reduzida no ritmo de lançamentos e aguardar o melhor momento para voltar a investir", explicou.

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