Construção avançou, mas perdeu pontos

A indústria da construção terminou o primeiro semestre em crescimento, segundo a Sondagem da Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento da atividade em junho foi o segundo consecutivo no ano. O indicador registrou 52,4 pontos no mês passado em uma escala de zero a cem. Cinquenta pontos indicam estabilidade e valores acima disso, crescimento. Maio somou 53,1.

 "O ritmo de atividade não foi tão alto quanto no mesmo período do ano passado, mas mostra recuperação ante o primeiro trimestre, quando houve arrefecimento por conta da política de restrição de crédito adotada pelo governo", analisou o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. As grandes empresas foram as que mais contribuíram para a alta, com 57,5 pontos. As médias fizeram 50,3 e as pequenas, 49,6.

 Os empresários da construção também estão otimistas quanto ao futuro. Preveem aumento da atividade, do emprego, de empreendimentos e serviços e de compra de matéria-prima. A pontuação do otimismo no avanço da atividade somou 61,1. Novos empreendimentos e serviços, 61. A pesquisa questionou 411 empresas, sendo 212 pequenas, 149 médias e 50 grandes.

 DIFICULDADES

 A falta de trabalhadores qualificados se manteve como o principal problema do setor da construção em junho, independentemente do porte da empresa;

 O alto custo da mão de obra foi apontado por 40,4% dos entrevistados nas grandes empresas, por 31,9% nas médias e por 32,3% nas pequenas.