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AGÊNCIA CBIC

03/10/2011

Canteiros de obras. Mas também de estudos e de artes

"Cbic"
03/10/2011 :: Edição 189

 

Jornal O Estado de S. Paulo/BR 02/10/2011
 

Canteiros de obras. Mas também de estudos e de artes

Construtoras e incorporadoras investem na formação dos seus operários e ganham com aumento de produtividade e dedicação

 
 João Mayeski, tem 45 anos e deixou o sul do País para ganhar a vida em São Paulo, trazendo na bagagem o sonho de ser engenheiro.
 Ele começou a vida profissional como office boy, na+ construtora Cyrela Brazil Realty, e só concluiu o segundo grau porque a empresa pagou o supletivo.
 Hoje, é mestre de obras e está no oitavo semestre da faculdade de engenharia civil.Julivan Reis Mayeski , seu filho, tem 20 anos e participou do projeto "Construindo Profissionais", implantado pela Cyrela em 2008, em parceria como Senai. Seu objetivo é formar técnicos eletricistas e encanadores e destina-se a familiares dos operários.
 "A empresa fornece bolsa para transporte e alimentação, compra o material e paga o curso", conta Aron Zylberman,diretor executivo do Instituto Cyrela.
 Ao concluir o curso de eletricista, Julivan foi contratado pela empresa e agora está na faculdade.
 "Estou no segundo semestre de engenharia. É bem legal ter meu pai estudando também, um ajuda e motiva o outro. No futuro, espero crescer na profissão, ganhar experiência e um dia ter minha empresa." Valdemir França da Silva, de 49 anos, nasceu em Itaitê, na Bahia, e está em São Paulo há 14 anos. Ele faz parte de um grupo de 1.044 operários que foram alfabetizados pelo programa "Construindo Pessoas", lançado pela Cyrela em 2000 e que atingiu operários de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Maranhão.
 Liberdade. "Aprender a ler e escrever mudou tudo na minha vida.
 Sem estudo nunca seria promovido.
 Hoje, sou encarregado de carpintaria e vou continuar estudando", conta.
 Pai de duas filhas,uma formada em pedagogia e outra cursando biologia, Silva diz que ganhou independência "Antes, eu tinha de pedir tudo para elas, hoje faço minhas coisas sozinho, como cuidar da conta bancária." Esses exemplos mostram que a responsabilidade social está ganhando espaço e mudando o dia adia nos canteiros de construtoras que decidiram investir na formação de seus operários.
 Montar salas de aula justamente em seus nos canteiros, foi a solução encontrada pela Cyrela para erradicar o analfabetismo entre seus operários.
 Já quem visitara sobras do empreendimento Casa das Caldeiras, da construtora Toledo Ferrari, em parceria com as incorporadoras Helbor e Setin, pode ser surpreendido por um ateliê de arte montado em pleno canteiro.
 A iniciativa faz parte do projeto Mestres da Obra, que promove aulas semanais de pintura, cinema, xilogravura, fotografia, história da arte e visitas a museu.
 Depois da introdução ao universo artístico, os operários são estimulados a criar obras de arte com resíduos do próprio canteiro.
 As aulas de arte são ministradas por profissionais da Associação Mestres da Obra, e visam ao desenvolvimento humano dos operários da construção civil.
 Sensibilidade. "O principal atributo do projeto é a transformação da percepção de nossos profissionais", diz Cid Ferrari Filho, da Toledo Ferrari. "As aulas despertam consciência e sensibilidade e os operários passam a mexer com os materiais do dia a dia com um olhar diferente,reduzindo o desperdício e os entulhos." "Ao conhecer o projeto, fiquei entusiasmado nos primeiros minutos da exposição, porque ele mexe com a alma dos operários", conta Antonio Setin, que mantém parceria com a Associação Mestres da Obra desde 2005.
 Setin conta que ouviu depoimentos marcantes e que as brigas e insubordinação diminuíram, assim como as faltas ao trabalho, houve aumento na produtividade, e muitos abandonaram os vícios.
 Zylberman confirma os benefícios." A resposta que a empresa recebe desses profissionais é lealdade e produtividade. Há redução de acidentes, porque o funcionário mais preparado age melhor e vira um cidadão melhor.
 Isso é um investimento social, todos ganham." No momento a Cyrela mantém dois projetos pilotos em andamento.
 O primeiro, são aulas do ensino Fundamental II, que ocorrem aos sábados.
 Mais renda. O outro programa, batizado de Construindo Famílias, é voltado às mulheres dos operários. Trata-sede outra parceria como Senai, que dará aulas de costura em máquina o verloque e panificação.
 A proposta é aumentar a renda familiar dos trabalhadores.
 "Como pai, a mãe e os filhos trabalhando, a soma da renda familiar vai possibilitar que, no futuro, eles sejam nossos compradores.
 Queremos quebrar o velho paradigma dos operários que constroem casas e não tem uma para morar", afirma Zylberman.
 A duas iniciativas foram reconhecidas e premiadas, em setembro, pela Federação Internacional das Profissões Imobiliárias no Brasil (Fiabci/Brasil) e pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). As entidades concederam o Prêmio Master Imobiliário 2011, na categoria responsabilidade social, para as quatro empresas.
 Talento ANTONIO SETIN PRESIDENTE DA INCORPORADORA SETIN "Ao conhecer o projeto fiquei bastante entusiasmado, porque ele mexe com a alma dos operários"

"Cbic"

 

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