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AGÊNCIA CBIC

19/04/2011

Brasil deve aumentar verbas para inovação

 

19/04/2011 :: Edição 081

Jornal Brasil Econômico/BR – 19/04/2011
brasil deve aumentar verbas para inovação


Cláudia Bredarioli e Amanda Vidigal Amorim

Além de mais recursos, incentivo à geração de conhecimento requer aumento de
parcerias entre empresas e universidades

A economia aquecida e o destaque do Brasil no mercado externo ajudam a
chamar a atenção para as oportunidades dentro de ensino, pesquisa e tecnologia.
É neste contexto que as iniciativas em inovação têm ganhado espaço no governo,
nas universidades, nas empresas e nos intitutos de pesquisa, fortalecendo a
tendência de que esse espaço de discussão seja convertido em ações e aumento de
verba para a inovação tecnológica no país.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, por exemplo, chegou
a dizer que em vez de o governo destinar R$ 40 millhões ao longo de três anos,
como o fez por meio do PAC de
Tecnologia, essa deveria ser a verba disponível anualmente. Ele reconheceu a
necessidade premente de aumento da destinação de recursos para a ciência e
disse que, limitar os recursos é ruim, visto que essas pesquisas são essenciais
para o futuro do país.

Na semana passada, o ministro anunciou que o governo estuda a criação de quatro novos fundos setoriais para
ciência, tecnologia e inovação, pelo menos um deles a ser financiado com
tributação sobre automóveis que não usam biocombustíveis. Os fundos, segundo
ele, usariam recursos do setor financeiro, da indústria automotiva, da
mineração e da construção civil.

O problema, conforme pontua Isa Assef, presidente da Associação Brasileira
das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), é que ainda falta
gestão adequada dos recursos e, principalmente, fortalecimento da relação entre
institutos de pesquisa, academia e empresas para aplicação das verbas em
inovação.

"O Brasil vive uma situação muito diferente dos Estados Unidos, por
exemplo, onde os empresários investem nas universidades.

O governo precisa agir para induzir movimentos como este no país. A Lei da
Informática é um exemplo de como isso é possível", afirma Isa.

Para propor melhorias nesse contexto, a Abipti vai realizar um encontro com
seus mais de 200 associados no dia 27 para redigir um documento com propostas a
serementregues ao Ministério da Ciência
e Tecnologia
(MCT). Segundo Isa, entre os tópicos a serem tratados estão
a revisão dos marcos regulatórios legais para financiamentos, a necessidade de
mais agilidade na liberação de recursos e a permissão de uso das verbas para
pagamento de pessoal das próprias instituições de pesquisa (atualmente, o
dinheiro só pode ser destinado ao pagamento de terceiros).

Mas o Brasil tem histórias de sucesso de iniciativas em inovação.

A Universidade de Campinas (Unicamp), por exemplo, destaca- se como modelo
que se traduz em uma nova fonte de receitas para a instituição por meio de
royalties. No ano passado, a universidade alcançou a marca de 600 famílias de
patentes registradas.

Ao longo dos últimos cinco anos, essas patentes renderam R$ 1,3milhão em
licenciamentos.

Apenas em2010, foram 43 patentes registradas, o maior número durante um ano.
Em 2009, a Unicamp havia recebido R$ 5,5 milhões em verbas de convênios para
sua agência de inovação, a Inova.

A receita de royalties ainda é inconstante. No ano passado, foi de R$
191.681,57. Em 2007, os licenciamentos chegaram a render quase R$ 305 mil (veja
tabela). A queda, segundo Roberto Lotufo, diretor-executivo da Inova, se deve à
dificuldade de encontrar empresas dispostas a comercializar ou investir em
projetos ainda em fase inicial."Quando se deposita uma patente, a pesquisa
na maioria das vezes está em fase inicial. Isso dificulta a universidade ou o
próprio pesquisador a encontrar empresas que queiram investir nesses
projetos." A queda nos últimos anos deve ser revertida com a construção de
um novo centro de inovação dentro da universidade, que poderá render novas
pesquisas e empresas – uma estrutura passível de ser copiada por outras
instituições do país.


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