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AGÊNCIA CBIC

21/10/2014

Balanço do terceiro trimestre mostra o desaquecimento da economia local

"Cbic"
21/10/2014

DCI – Comércio, Indústria e Serviços

Balanço do terceiro trimestre mostra o desaquecimento da economia local

Entre as expectativas esperadas, os setores de construção civil e de materiais básicos exibirão os resultados mais fracos, enquanto educação, alimentos e cartões de fidelidade estarão no positivo

 Ernani Fagundes

 São Paulo – O baixo crescimento da economia brasileira, a inflação persistentemente elevada e o dólar mais alto – para o bem e para o mal – vão influenciar a safra de resultados financeiros do terceiro trimestre das companhias listadas em Bolsa.

 "Será uma safra mista, com alguns setores se destacando e outros mais negativos, como construção civil e materiais básicos. Do lado positivo, as empresas do setor de cartões de fidelidade, Smiles e Multiplus, podem exibir bons resultados", aponta o analista de investimentos da Spinelli Corretora, Elad Revi.

 No geral, o analista diz que o mercado espera alguma influência da alta do dólar no resultado da Vale que compense parcialmente o recuo dos preços do minério de ferro e espera resultados um pouco melhores da Petrobras em relação ao segundo trimestre por causa da queda do preço internacional do petróleo. "A empresa compra lá fora num preço e vende mais barato no Brasil", diz.

 Quanto aos bancos, Revi afirma que as margens devem continuar muito atrativas com ganhos de eficiência nos custos operacionais. "Os bancos vão muito bem, obrigado, mas até a segunda linha da próxima página. A gente vê que a demanda por crédito poderia vir a cair num futuro próximo", aponta.

 O analista explicou que no caso da construção civil, a taxa básica de juros (Selic) saiu de 7,25% em 2013 e foi para 11% ao ano em 2014. "Eventualmente essa taxa pode subir ainda mais dada a inflação consistentemente alta. O encarecimento do crédito também impacta no endividamento das empresas e do consumidor brasileiro", diz Revi.

 Ele explica que a conjuntura no setor imobiliário está muito complicada. "Há dúvidas se em 2015 haverá um grande desemprego, o que pode resultar na devolução de chaves do imóvel", argumenta.

 Como exemplo, Revi lembrou que na última prévia da Cyrela, as vendas e os lançamentos recuaram forte tanto na comparação trimestral como na comparação anual.

 Para complicar, o mercado trabalha com a expectativa já anunciada pela Caixa Econômica Federal de crescimento zero em crédito imobiliário. "Isso também é um agravante, e isso vai se alastrando por todos os bancos. Alguns privados têm aumentado um pouco a régua (critérios de seleção dos tomadores de crédito)", diz.

 Revi lembrou que para estimular a economia, que o Banco Central decidiu não remunerar parte do depósito compulsório (reservas obrigatórias) dos bancos para tentar esticar um pouco a concessão do crédito como um todo.

 Do lado positivo, o analista espera bons resultados financeiros do setor de educação. "Há ainda muita sinergia entre as companhias por causa das fusões e aquisições. Tanto na captação de alunos para os vestibulares, como no crescimento via fusões e aquisições, as empresas tem muito ganho para capturar, e é isso que nós (analistas) iremos identificar nos resultados financeiros".

 Energia fraca e lenta

 Segundo o analista, o setor de energia pode apresentar resultados um pouco melhores, mas com uma recuperação muito lenta em 2015. "Esse é um setor bem complicado por causa do governo. A intervenção criou um buraco nas contas das companhias. Esse rombo tende a ser sanado, via aumento das contas de luz, o que já está acontecendo com reajustes de dois dígitos sendo aprovados em vários casos, ou será coberto por meio de mais subsídios", respondeu Revi.

 Mas o analista diz essa expectativa de alívio é para geradoras e distribuidoras. "As transmissoras e empresas de energia renovável estão bem e se destacam no setor", separa.

 Consumo e Varejo

 As empresas de alimentos – representadas por Brasil Foods, Marfrig, Minerva e JBS – poderão exibir bons resultados devido aos embargos da Europa e dos Estados Unidos à Rússia, que incentivaram a abertura ao Brasil. "Já temos esses dados e a exportação de carnes e de alimentos avançou bastante para a Rússia", disse Revi.

 No ambiente doméstico, ele contou que Pão de Açúcar está apresentando crescimento nas vendas on line, e que a M.Dias Branco está mais resistente a conjuntura. "Mas quem trabalha no segmento calçadista e de vestuário, vemos resultados um pouco mais fracos, talvez a exceção seja Lojas Renner, por possuir melhor retorno", diz.

 


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