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25/11/2014

2015 será ano de ajustes também para construção

"Cbic"
25/11/2014

Brasil Econômico

2015 será ano de ajustes também para construção 

Setor deverá ficar estável ao longo do próximo ano, após uma expansão modesta em 2014, projetada para no máximo 0,5%

Patrícia Büll [email protected]

 A indústria da construção brasileira não deve crescer em 2015, mantendo-se estável em relação a 2014, previu ontem o presidente Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), José Romeu Ferraz Neto. Quedado emprego no setor, desaceleração na oferta de crédito e ajustes macroeconômicos são os motivos apontados para a estabilidade.

"Ainda há muitas incertezas sobre a condução da economia e isso se reflete nas decisões de investimento. Como o cenário que se vislumbra é de ajuste, o mesmo deve ocorrer no setor", disse a coordenadora de projetos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo.

Com base nessas perspectivas, o Sinduscon-SP estima para 2015 crescimento zero no valor agregado das construtoras, queda de 2% no emprego na construção, declínio de 1,5% na produção de insumos (como cimento e aço) e queda no comércio desses materiais.

Segundo Ana Maria, de um lado, o governo deverá se esforçar por recuperar a confiança dos investidores, buscando conter a inflação, impulsionando as obras de infraestrutura e contratando mais unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Por outro, o mercado imobiliário deverá prosseguir em fase de ajuste e a renda e o consumo das famílias deverão crescer menos.

"Não são dados empolgantes. Mas eles têm por trás de si aspectos positivos que devem ser ressaltados, como ajustes e consequente melhora da política macroeconômica, além da manutenção dos investimentos", avaliou Ana Maria. A boa notícia, disse, é que a partir de 2015, terão início obras que foram licitadas no final de 2012 e início de 2013. "As concessões têm um tempo de maturação maior e não são influenciadas pelo cenário negativo no curto prazo. A exemplo deste ano, são as obras de infraestrutura que irão segurar o desempenho do setor em 2015. "

Vice-presidente de Economia do Sindicato, Eduardo Zaidan destacou que o cenário ainda deve apontar piora dos indicadores de atividade econômica: "Mas na medida em que 'arrumar a casa', ajudam a melhorar a confiança, preparando o setor para um crescimento consistente e constante nos próximos anos".

Para 2014, em comparação a 2013, a expectativa é de a indústria da construção fechar com crescimento entre 0% e 0,5%. O emprego deverá cair 0,3%, puxado pela queda no segmento imobiliário, dei,5%. A queda na produção de materiais de construção será superior a 5%, e o comércio desses insumos não terá crescimento.

O presidente do Sinduscon-SP destacou a importância do Minha Casa Minha Vida, que além de ajudar a diminuir o déficit habitacional, ao lado das obras de infraestrutura, contribuiu para segurar o emprego e o desempenho do setor de construção neste ano.

Para 2015, Ferraz Neto acredita que o programa terá maior desem  penho na faixa III, para famílias com renda acima de R$ 3.275 e até R$ 5 mil mensais. "As outras faixas contam com subsídio do governo e em ano de ajuste de contas públicas, os programas que precisam desse tipo de recurso poderão ser prejudicado", afirmou.

Emprego na construção  tem queda em outubro  

 Pesquisado Sinduscon-SP em parceria com a FGV apontou queda de 1,09% no nível de emprego em outubro na comparação com setembro. Com isso, ao final do mês passado, o número de trabalhadores do setor somava 3,489 milhões. Na comparação com igual mês em 2013, quando o setor empregava 3,569 milhões, a pesquisa indica queda de 2,23%. No acumulado do ano, entretanto, o índice apresenta alta de 0,15%, com a criação de 5,1 mil vagas.

Para 2014, a projeção  é  de a indústria da  construção fechar  com crescimento entre  0%  e  0,5%;  quedas  de 0,3% no emprego,  e acima de  5%  na  produção de materiais  de construção

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 "As concessões têm  tempo de maturação   maior e não são   influenciadas pelo   cenário no curto prazo.   A exemplo deste ano, as   obras de infraestrutura   irão segurar o   desempenho em 2015    " 

 Ana Maria Castelo

 Coordenadora de Projetos de Construção da FGV



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