
AGÊNCIA CBIC
18/11/2011
Empreendimento imobiliário e veículos sustentam alta
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18/11/2011 :: Edição 219 |
Jornal Brasil Econômico/BR 18/11/2011
Empreendimento imobiliário e veículos sustentam alta Aumento da competitividade e restrição de crédito forçam empresas a passarem por reconfiguração no Brasil
Apesar de resultados recordes e previsão de crescimento de 5% na venda de veículos neste ano, a indústria automotiva brasileira vive um ano de reconfiguração. As medidas de restrição ao crédito adotadas pelo Governo Federal para auxiliar no controle da inflação e a entrada em massa de carros importados, em especial os chineses, estão provocando a criação de um novo desenho nessa indústria.Até mesmo os desastres ambientais no Japão provocaram mudanças por aqui.
Como reflexo disso, há um encolhimento do topo da pirâmide e a presença de mercado da Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford está encolhendo. Em 2011, a participação somada das quatro maiores montadoras do país respondia por 84,2% do total, número que caiu para 76,7% em 2008 e responde por 70,4% no acumulado deste ano.
A Fiat, presidida por Cledorvino Belini, registrou queda de quase um ponto percentual no último ano, mesmo assim, mantém- se na liderança de mercado com 22,27% de participação.
A empresa passa por um ciclo de investimento de R$ 10 bilhões entre 2011 e 2015.
Do total, R$ 7 bilhões serão direcionados para ampliar a produção da unidade fabril da Fiat em Betim(MG), atingindo 950 mil veículos por ano em 2012.
Os R$ 3 bilhões restantes serão usados para a construção da fábrica de Goiana (PE), que deve iniciar as operaçõesem 2014 e terá capacidade de produção de até 250 mil veículos por ano.
Segundo Belini,também presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Fiat vai focar em modelos de até R$ 40 mil nos próximos anos e usará a fábrica pernambucana para produzir um novo modelo neste segmento.
Além disso, a empresa passou a importar do México a aposta da marca, o Cinquecento, barateando o modelo que antes vinha da Polônia e duplicando a vendas.
Enquanto a Fiat planeja crescimento, a Honda tenta uma recuperação.
Os negócios da companhia foram fortemente afetados depois dos desastres naturais no Japão, em março deste ano, que comprometeram o envio de peças ao Brasil e provocaram corte de 50% da produção da companhia.
Masahiro Takedawa, que preside a empresa na América do Sul, tem a missão de recuperar os dois pontos percentuais de participação perdidos no país, mas já acena com otimismo.
Outro desafio para o setor automotivo será a mudança de tecnologia para ônibus e caminhões em 2012. O Euro V, novo padrão ambiental, terá de ser adotado por toda a indústria. A Man Latin America, líder de vendas de caminhões no Brasil, tem o desafio de adaptar-se às mudanças, e mais importante, convencer os consumidores de que a nova tecnologia é vantajosa, apesar de encarecer os veículos em cerca de 15%.
Robertos Cortes, presidente da companhia, aposta em um ano de desafios, mas garante que os números serão favoráveis.
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Premiados
Cledorvino Belini
Presidente da Fiat América Latina
O administrador de empresas é também o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), principal entidade da indústria automotiva brasileira
Roberto Cortes
Presidente da MAN Latin America
Em 1986, foi cofundador da Autolatina, joint venture da Ford com a Volkswagen no Brasil e na Argentina. Desde então, atuou em diversas áreas até que em 2009 se tornou diretor da MAN.
Masahiro Takedagawa
Presidenteda Honda Corp. na América do Sul
Iniciou atividades na Honda Motor, em 1979. Trabalhou em operações da empresa em todo o mundo, incluindo os EUA, Europa e Ásia e assumiu em abril a presidência da Honda South America.
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