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AGÊNCIA CBIC

24/08/2011

Em Obras – 4ª Reportagem da série – Copa do Mundo e Olimpíadas movimentam mercado imobiliário

A seguir, a quarta reportagem da série "Em Obras", veiculada no dia 18 de agosto, no Jornal da Globo.

 

Copa do Mundo e Olimpíadas movimentam mercado imobiliário
Eventos esportivos fazem com que as capitais, escolhidas como sede do mundial no país, invistam em infraestrutura e melhorias. Isso atrai novos compradores de imóveis.

Copa do Mundo, Jogos olímpicos. Eventos esportivos também mexem com o mercado imobiliário brasileiro, mas a crise mundial também. Advogado e empresário, Wesley José Ferreira, pisou em Cuiabá, pela primeira vez, em 1998. Nasceu no interior de São Paulo, mas decidiu que seguiria a carreira de advogado na capital de Mato Grosso.

“Nós viemos pra cá juntamente com o desenvolvimento do estado, aprimoramento do agronegócio, nós viemos trabalhar. Cheguei com R$ 600 emprestados no estado”, fala o advogado.

Em duas semanas, estava trabalhando. Em um mês, pagou sua dívida. Treze anos depois, Wesley não tem do que reclamar. “Dificilmente se eu tivesse ficado no interior de São Paulo eu teria experimentado esse crescimento que experimentamos aqui”, fala Wesley.

O que puxou a economia no Centro-Oeste foi a forte expansão do agronegócio. Em 20 anos, a produção na região só faz aumentar. Na safra dos anos 90 e 91, foram 13 milhões de toneladas produzidas. A previsão para a safra deste ano é de 55 milhões: cinco vezes mais.

“As pessoas vieram para abrir a fronteira agrícola e hoje esses migrantes já estão em outro estágio econômico e até de vida e obviamente isso repercute no mercado imobiliário”, diz o dono de construtora, Júlio César.

Neste momento, 63 prédios e 19 condomínios de casas estão sendo construídos em Cuiabá. O advogado Wesley não deixou a oportunidade escapar. Virou empresário, comprou duas construtoras e não se arrepende.

“Até me sinto confortável para dizer, eu ganho mais dinheiro hoje com a construção civil”.

A região Centro-Oeste não para de crescer e isso mexe com o mercado imobiliário do local. Há vários motivos para isso. Em Mato Grosso um dos principais é a Copa de 2014. Cuiabá foi escolhida uma das sedes do mundial e é claro que todo turista que for para a cidade vai querer conhecer a paisagem da Chapada dos Guimarães, que fica apenas a 60 quilômetros de Cuiabá.

“Vamos receber aproximadamente até a Copa de 2014 de investimento de Governo Federal e do governo estadual aproximadamente quase R$ 50 milhões em investimentos. Tenho certeza que chapada vai ser outra chapada depois desse grande evento”, diz o vice-prefeito da Chapada dos Guimarães, Elias Santos.

As mudanças estão na cara. Muitas obras de infraestrutura já começaram a ser feitas. A estimativa é dobrar o número de visitantes no ano da Copa. A prefeitura acredita que vai receber 250 mil turistas.

“A Copa realmente foi um benefício muito grande para o município de Chapada dos Guimarães”, afirma o vice-prefeito.

O Rio de Janeiro também está bem no jogo. Um prédio que fica na zona oeste do Rio, região que vai receber muitos investimentos para os jogos olímpicos, fica na frente onde vai passar a Transoeste, uma das três importantes obras viárias para melhorar o trânsito na cidade durante esses eventos esportivos.

O morador do local ainda pode ter a sorte de ver uma delegação de atletas passando embaixo da janela dele. Conclusão: todos os apartamentos já foram vendidos.

Manaus também será uma das sedes da Copa de 2014 e parece uma cidade em reforma. São obras de infraestrutura, mobilidade urbana, saneamento.

Os empresários da região aproveitam o momento. “Tudo isso acaba possibilitando também o lançamento dos empreendimentos, nessas áreas das cidades onde gozam dessa infraestrutura”, diz Newton Veras, da comissão de indústria mobiliária do Sinduscom.

O Brasil tem cada vez menos casas e mais prédios, é um país que está se verticalizando. Hoje, um em cada dez brasileiros mora num apartamento e Porto Alegre é um exemplo disso. É muito comum ver na cidade casas sendo demolidas para dar lugar a edifícios.

“Sou a favor da verticalização e sou a favor da determinação de algumas áreas que isso não pode acontecer. Existem aqueles que não querem prédios altos, quando a verticalização, ou seja, fazer prédio de 10, 15 e 20 andares traz uma economia enorme”, declara o presidente do Secovi-RS, Moacir Schukster.

Com tanta gente querendo comprar, o que deve acontecer com o preço dos imóveis?

“Não vejo nenhuma razão para que haja mais crescimento exagerado de preço”, explica o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão.

“Os preços já estão estáveis hoje, em média eu te diria que os preços já chegaram ao seu patamar. Os próximos 10 anos eu acho que vai ter uma tendência de estabilização dos preços”, fala o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

Mas será que a atual crise mundial não pode mudar o jogo? “Vai crescer um pouco menos para depois voltar a se acelerar. Então é mais algo momentâneo do que uma tendência nova que apareceu no mercado imobiliário. Os preços não vão despencar. Esses preços estabilizaram e devem continuar a subir quando o mercado ficar mais tranquilo no ano que vem”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

A super valorização dos últimos anos trouxe muitas conseqüências ao mercado imobiliário brasileiro.

Clique aqui para acessar a quarta reportagem da Série Em Obras.
 

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