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AGÊNCIA CBIC

25/03/2011

Disputa sindical mantém paradas as obras do Madeira

 

25/03/2011 :: Edição 064

Jornal Valor Econômico/BR   |   25/03/2011

disputa sindical mantém paradas as obras do madeira

Em uma inesperada reviravolta, os 16 mil operários da usina de Santo
Antônio, em Rondônia, suspenderam ontem a volta ao trabalho. Na quarta-feira,
os funcionários haviam decidido, em duas assembleias, retomar as obras,
paralisadas há exatamente uma semana.

Diante do que considera descumprimento de acordo e greve branca, uma equipe
de advogados da Odebrecht deve acionar a Justiça do Trabalho para pedir a
declaração de ilegalidade do movimento grevista. A empresa, que lidera o
consórcio construtor da usina, deve pedir a suspensão do pagamento de salários,
o desconto dos dias parados, o corte de horas extras e uma multa diária ao
sindicato da categoria pela paralisação sem justificativas. Vamos dar o troco,
disse uma fonte. Os advogados avaliam que o sindicato da categoria faz jogo
duplo, ora elogiando, ora criticando a empresa.

A surpresa foi, na verdade, provocada por uma feroz disputa pelo controle do
sindicato da construção civil.
Os ânimos estão acirrados. Operários ligados à Força Sindical boicotaram a
assembleia realizada na quarta-feira. E acusam a atual direção sindical, sob
intervenção branca da rival Central Única dos Trabalhadores (CUT), de realizar
uma reunião fajuta para legitimar as demandas da Odebrecht Eles fizeram uma
assembleia sem o pessoal da construção
civil
. Lá, só tinha gente da área administrativa, da montagem e os
encarregados. Pedimos para ninguém participar porque a gente queria desmascarar
isso, afirmou o presidente estadual da Força, Antonio Acácio Amaral. Apenas 25%
dos operários teriam participado da assembleia, segundo ele.

Amaral foi destituído do sindicato em abril de 2010, acusado de
irregularidades pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O caso foi adiante e
hoje está no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para julgamento.

Enviado da CUT para comandar as negociações, o secretário de Finanças,
Vagner Freitas Moraes, informa que os operários resolveram paralisar novamente
as atividades porque a Odebrecht teria descumprido um compromisso firmado na
quarta-feira para atender a questões emergenciais. Até onde soube, eles pararam
por causa de um não cumprimento do acordo. E nossa assembleia foi legítima.
Teve, inclusive, a presença do MPT, disse Moraes. A procuradora do trabalho
Paula Moura confirmou ter acompanhado a reunião no canteiro de obras. Em nota,
garantiu que as atividades laborais deveriam, pelo acordo, ser restabelecidas
ontem.

O Palácio do Planalto já avisou às centrais sindicais que não admitirá
atrasos em obras fundamentais ao país, como as duas usinas, por causa de
disputas políticas sindicais. Nos bastidores, avalia-se que as usinas estão no
meio de uma renitente briga por cargos no alto escalão do governo federal. Na
terça-feira, haverá reunião de sindicalistas e empresários, convocada pelo
governo, para avaliar a situação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) afetadas por greves.

Uma prolongada paralisação de Santo Antônio também poderia colocar em risco
a meta de antecipação da geração de energia, prevista para dezembro deste ano.
Em 2010, a usina passou pela mesma situação. A briga dos sindicalistas provocou
uma greve e alguns tumultos.


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