
AGÊNCIA CBIC
Deu na mídia: Jornal da Globo destaca impacto dos juros e aposta da CBIC na nova faixa do Minha Casa Minha Vida

O Jornal da Globo destacou, na edição de quarta-feira (7), os principais desafios e perspectivas da construção civil no Brasil, com base nos dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) sobre o desempenho do setor no primeiro trimestre de 2025. A reportagem trouxe a análise do presidente da entidade, Renato Correia, sobre os efeitos da taxa de juros elevada, o custo da construção e as medidas de estímulo à habitação.
A matéria apontou que, apesar de a venda de imóveis novos ter crescido 17% nos dois primeiros meses do ano, os lançamentos caíram 7% no período. Segundo o repórter, o recuo está diretamente ligado ao ambiente de juros altos, que dificulta o crédito e gera incerteza para o planejamento de novos empreendimentos.
Dados apresentados pela CBIC e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que 35% dos empresários do setor apontam a taxa de juros como o principal entrave à atividade da construção civil.
A reportagem também destacou que os saques da poupança superaram os depósitos em mais de R$ 34 bilhões no primeiro trimestre, valor superior ao saldo negativo registrado ao longo de todo o ano de 2024. Como a poupança é a principal fonte de financiamento habitacional do país, a retração no volume captado agrava o cenário de escassez de crédito.
A matéria mostrou que os custos da construção seguem acima da inflação oficial, com alta de 7,54% no Índice Nacional da Construção Civil (INCC) nos últimos 12 meses, contra 5,48% do IPCA. Os principais responsáveis pela elevação são a mão de obra (+9,96%) e os materiais e equipamentos (+6,09%).
Mesmo diante do ambiente desafiador, a CBIC mantém a projeção de crescimento de 2,3% para o setor em 2025. Segundo Renato Correia, a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, destinada a famílias com renda de até R$ 12 mil, pode ajudar a reverter parte dos efeitos negativos da conjuntura macroeconômica.
O presidente da CBIC destacou a importância da destinação de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a habitação de interesse social, o que possibilita a execução da nova faixa do programa. “É muito importante para o Brasil, que enfrenta um déficit habitacional de 7 milhões de moradias”, afirmou Correia.