Desindustrialização

Correio Braziliense

Desindustrialização

ROSANA HESSEL

A indústria nacional continua perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB), que era de 33,1% em 2011 e está agora em 25%. Relatório apresentado ontem, durante o segundo e último dia do encontro organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou ainda que São Paulo foi o estado que mais perdeu participação no PIB industrial em 10 anos, no intervalo de 2001 a 2011. Encolheu 7,7%, mas se manteve na liderança, com R$ 1,3 trilhão. O Rio de Janeiro foi o que mais ganhou: 2,5%, ajudado pelo setor petrolífero.

Segundo o economista Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa da CNI, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste melhoraram a participação no PIB industrial no período analisado. O Norte cresceu 1,9% e o Centro-Oeste, 1,3%. O Sul e o Sudeste encolheram, respectivamente, 2,1% e 1,7%. O Distrito Federal teve perda de 0,2% na participação do PIB, para 5,6% no total. Para a CNI, o governo precisa apresentar um plano com metas e prazos, visando à competitividade global. "Não é possível construir uma indústria para viver só do mercado interno", destacou o presidente da entidade, Robson Andrade.

» Tombo das montadoras

A produção de veículos no país recuou 9% em outubro sobre igual período de 2013. No mês passado, foram montadas 293,3 mil unidades, entre carros, utilitários leves, caminhões e ônibus. Em relação a setembro, a queda foi de 2,5%, segundo balanço divulgado ontem pela Associação Nacional de Fabricantes Automotores (Anfavea), entidade que reúne as montadoras instaladas no país. Se considerar só os carros de passeio e os utilitários leves, a produção total no mês passado é de 278,2 mil unidades, 7,5% a menos em relação a igual período de um ano atrás. No acumulado do ano, o recuo chega a 16%.