Desafio agora é qualificar a mão de obra

Com tamanha demanda de mão de obra, Pernambuco corre atrás de qualificação. Empreendedorismo já é disciplina do curso médio das escolas estaduais. As universidades passaram a oferecer cursos de engenharia naval, petroquímica e tecnologia de união de materiais. Cursos técnicos em logística são disputados, com o envolvimento de instituições públicas, privadas e do sistema S (Sesi, Senai e Senac).

 Desde 2008, foi necessário formar 2 mil soldadores por ano, frisa o secretário estadual de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antonio Carlos Maranhão de Aguiar. Nos 15 anos anteriores, não passava de 100 por ano. É um desafio, Suape tem hoje uma das maiores concentrações de trabalhadores por metro quadrado.

 Para ele, a necessidade de qualificar mão de obra é um impacto positivo do complexo. Em 2006, a construção civil na região metropolitana empregava 36,8 mil pessoas. Em 2010, este número quase triplicou, chegando aos 96 mil. Na indústria de transformação, eram 87 mil empregados em 2006, chegando a 109 mil em 2010. Há uma estimativa, segundo ele, de que 76% da mão de obra hoje em Suape  especialmente nas áreas mais demandadas, de construção civil e metalomecânica  é de pernambucanos. É um índice bastante razoável.