Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

14/12/2022

Cresce o número de estudantes negros em engenharia na última década

Dados do Censo da Educação Superior, compilados pelo pesquisador Gerrio Barbosa do Núcleo de Estudos Raciais do Insper, indicam o crescimento no número de estudantes autodeclarados pretos e pardos que começaram a cursar engenharia no Brasil nos últimos 10 anos, aumentando mais de quatro vezes entre 2010 e 2021.

A Lei de Cotas completou dez anos em 2022.

Na matéria Número de ingressantes que se declaram negros em engenharia salta mais de 4 vezes em 10 anos, a Folha de S.Paulo destaca que em 2010 eram 25,2 mil ingressantes negros em cursos da área. Em 2021, já eram 109,8 mil. Apesar do aumento, eles ainda estão em desvantagem em relação aos novos alunos de engenharia que se autodeclararam brancos, que eram de 50,8 mil e passaram a 148 mil no período.

Em pouco mais de uma década, o número de matriculados negros na área, uma das mais concorridas das universidades públicas, saltou de 65,5 mil para 349,5 mil, aumentando de forma mais acelerada, sobretudo a partir de 2015. Já o número de jovens negros que concluíram o curso aumentou de 5 mil para 46,4 mil.

Para o pesquisador, a composição de negros em engenharia melhorou ao longo tempo, mas não é igual a de outros cursos. Além disso, segundo o especialista, as universidades precisam investir em políticas para manter os alunos negros estudando. Apesar do aumento de jovens matriculados nas instituições, ainda perdura um mecanismo silencioso de exclusão por renda.

Em sua avaliação, o vestibular ainda é um filtro socioeconômico e racial e as cotas são uma forma para tornar essa disputa mais justa, mas a rotina universitária não pode se manter como um mecanismo de exclusão.

Quanto à conclusão do curso, o jornal menciona que, mesmo com o percentual de concluintes 33% menor que o de brancos, o número de negros que conseguiram um diploma de engenharia aumentou nove vezes no período, enquanto a quantidade de estudantes que não declaravam raça ou cor no Censo caiu mais de 60%, com a consolidação do sistema de cotas nas universidades públicas.

A USP, por exemplo, implantou o sistema de cotas raciais e para alunos vindos de escolas públicas. e funciona há quatro na universidade paulista.

Aprovada na Poli antes do sistema de cotas, Larissa Rodrigues, 25, se forma no fim do ano de engenharia civil e viu de perto a mudança nos cursos da universidade. “Tinha decidido ser engenheira aos 11 anos, meu avô era pedreiro e meu pai professor de matemática da rede pública. Não tinha pressão da família, mas sempre me estimularam muito”, frisou ao mencionar que o ambiente universitário era muito mais opressor antes das cotas e que a sensação de ser negro na Poli era de solidão.

 Acesse a íntegra da matéria da Folha de S.Paulo.

COMPARTILHE!

Maio/2025

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon-PE
SECOVI-SP
SINDICIG
Sinduscon-Caxias
Sindicopes
Ascomig
Sinduscon-DF
Sinduscon-MG
SINAENCO
Sinduscon-SM
Sinduscon-TAP
SECOVI- PB
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.